Apenas diretor da Globo pediu para ler biografia antes da publicação, diz Giba
Marcel Merguizo/Folhapress | ||
Giba (à dir.) ao lado do também autor Luiz Montes (esq.) em lançamento da biografia "Giba Neles!" |
Lançada nesta quinta-feira (29), em São Paulo, a biografia do campeão olímpico Giba, 38, já repercute há pelo menos um mês, quando, em Sabatina da Folha, ele revelou que a seleção brasileira entregou um jogo no Mundial de 2010, história que ele detalha no livro.
Após a declaração, ele disse que alguns atletas o procuraram para saber o que estava sendo revelado no livro, mas afirmou que apenas o diretor-executivo de esporte da Globo, João Pedro Paes Leme, pediu para ler a biografia antes da publicação.
Giba faz parte do chamado "Time de Ouro", reunião de atletas consagrados de diversos esportes que vai comentar os Jogos Olímpicos do Rio-2016 pela Rede Globo.
"Muita gente me procurou querendo saber o que tinha no livro. Mas só o João Pedro pediu para ler. Ele disse que o fato foi abordado de modo tranquilo e sereno", disse Giba em entrevista na Livraria Saraiva, no Shopping Eldorado, enquanto uma fila com cerca de 50 pessoas aguardavam pelo autógrafo.
Depois daquela derrota proposital para a Bulgária, o Brasil seguiu por um caminho mais fácil e conquistou o tricampeonato Mundial.
Sobre os assuntos polêmicos que estão no livro, como o jogo da marmelada em 2010, o caso de doping em 2002/2003 e o corte do levantador Ricardinho em 2007, Giba disse que "não se arrepende de nada que aconteceu".
"Brasileiro é assim: ou ganha ou você é último. A gente se coloca muito para baixo. Aquela derrota foi por um bem maior [o tricampeonato mundial]. Não foi uma vergonha. Nada do que escrevi foi dolorido", afirmou.
Giba também foi perguntado sobre o dia em que "fraturou" o pênis, em 2000, e ficou fora da seleção por um tempo. "Fui descobrir que era algo natural. E depois que falei, pessoas vinham falar comigo e contavam que tinha acontecido com elas também. Mas ele [o pênis] sempre esteve bem. Tive dois filhos", explicou.
Sobre a contracapa do livro dizer que ele foi "o maior jogador da história do vôlei brasileiro", Giba disse que não são deles aquelas palavras (foi a editora que colocou), mas que considera estar entre os melhores. "Fiz bonitinho", concluiu.
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