Mágico profissional, Mansell vira nome de curva e é festejado no México
Clive Mason/Getty Images/AFP | ||
O ex-piloto Nigel Mansell no paddock durante os treinos para o GP do México |
Esqueça Sergio Perez ou Esteban Gutierrez. Apesar de o piloto da Force India e o reserva da Ferrari estarem em casa neste final de semana, o mais festejado no México é um inglês, que já não corre há algum tempo: Nigel Mansell, 62.
Ganhador da última corrida disputada no Autódromo Hermanos Rodríguez, em 1992, Mansell é o convidado de honra dos organizadores da antepenúltima etapa do Mundial de F-1 deste ano, que acontece neste domingo (1º), às 17h (de Brasília).
As aparições pelo paddock e em eventos organizados pela imprensa, porém, não são os únicos "presentes" que o campeão mundial de 1992 ganhou dos organizadores.
A última curva do novo traçado do circuito da Cidade do México recebeu o nome do ex-piloto.
"Estou impressionado com o trabalho que foi feito no autódromo e, claro, ouvi dizer que tem uma curva muito especial", brincou Mansell em jantar promovido pela organização do GP mexicano, no qual a Folha esteve presente.
"Tenho boas memórias deste lugar. Não acredito que já se passaram 23 anos da minha última vitória aqui. O mais engraçado é que quando cheguei ao aeroporto na quarta-feira, muita coisa ainda parecia com o que vi naquela época."
Aposentado desde que sofreu um grave acidente nas 24 Horas de Le Mans em 2010, quando correu ao lado dos filhos, Greg e Lawrence, encontrou um novo hobby depois da batida: fazer mágicas.
"Lembro que quando sofri o acidente, tive um tempo antes de o socorro chegar. Achei que ia morrer daquela vez e só pensei numa coisa: 'Ainda bem que quem bateu fui eu e não um deles'", disse Mansell, entre um truque com cartas e outro.
Folhapress | ||
Mansell faz mágica com baralho em jantar na Cidade do México |
A paixão pelo baralhos –carrega dois diferentes nos bolsos– se desenvolveu lentamente.
"Achei que seria uma boa maneira de manter meu cérebro estimulado por conta da batida e fui indo aos poucos. Hoje isso me ajuda muito quando vou a eventos de caridade com crianças, pois ajuda a quebrar o gelo. Muitas vezes elas não querem falar e você faz um truque e, aos poucos, ele vão se soltando", afirmou o inglês, que é presidente do UK Youth, um dos maiores grupos de caridade do Reino Unido e também é membro do "Magic Circle", uma sociedade de mágicos profissionais.
Dono de 31 vitórias e 59 pódios em sua passagem pela F-1, Mansell não tem vergonha de dizer os motivos que o fizeram deixar a categoria, em 1995.
"Fui segundo piloto de três campeões e sei pelo que o Nico [Rosberg, companheiro de Lewis Hamilton] está passando. Com Keke [Rosberg], nunca tive problemas, ele era um 'gentleman'. Já com Nelson [Piquet] e Alain [Prost] foi como disputar a terceira e a quarta guerras mundiais. Sabia que não podia derrotá-los e foi por isso que decidi parar."
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