Djokovic tenta fechar temporada quase perfeita nas Finais da ATP
Novak Djokovic e mais sete. As Finais da ATP (Associação dos Tenistas Profissionais), que começam em Londres neste domingo (15) e reúnem os oito melhores da temporada, têm um protagonista claro.
Mesmo com outras presenças ilustres, como as de Roger Federer, Andy Murray e Rafael Nadal, o desempenho obtido pelo sérvio em 2015 o coloca como o cara a ser batido pelos adversários.
E o desafio é dos mais difíceis. Djokovic venceu 78 partidas e perdeu apenas cinco neste ano (94% de aproveitamento), conquistou 10 títulos –três torneios Grand Slam e seis Masters 1.000– e vem de 22 vitórias seguidas.
Caso leve o troféu para casa, vai superar o número de títulos de 2011, seu melhor ano até então. É provável que também tenha um aproveitamento maior que o de quatro anos atrás (92%).
Atualmente, a vantagem para o segundo colocado do ranking é de 6.815 pontos. Nos últimos anos, ninguém fechou a temporada com uma distância tão grande para os adversários.
Apenas Murray, os suíços Federer (duas vezes) e Stan Wawrinka e o croata Ivo Karlovic, no primeiro torneio de 2015, conseguiram bater o sérvio.
A maior frustração foi a queda para Wawrinka na final de Roland Garros, que o impediu de conquistar os quatro principais torneios do esporte no mesmo ano, feito que não acontece desde 1969.
Exceção no tênis, a competição que fecha a temporada é disputada em dois grupos, sendo que os os dois melhores de cada avançam às semifinais. Djokovic está na mesma chave que Federer, o tcheco Tomas Berdych e o japonês Kei Nishikori, com início neste domingo. Na outra, que começa na segunda-feira (16), estão Murray, Wawrinka e os espanhóis Nadal e David Ferrer.
O domínio de Djokovic na temporada impressiona quem acompanha o circuito. "Ele é um cara inacreditável, tem uma consistência incrível e está mais bem preparado fisicamente e mentalmente do que os outros tenistas", afirma Thomaz Koch, vencedor de Roland Garros nas duplas mistas, em 1975.
A capacidade de superar momentos adversos nas partidas chama a atenção do ex-tenista brasileiro. "Ele costuma jogar com o Federer com 99% da torcida contra, é chato isso, mas ele supera de uma maneira impressionante", diz.
Para Fernando Meligeni, comentarista da ESPN, o ano de Djokovic foi "maravilhoso", mas ele acredita que a próxima temporada do sérvio ficará abaixo dessa. "Se ele mantiver a parte física e mental, vai ganhar a maioria dos jogos, mas o tênis é cíclico. Não acho que ele vai jogar no ano que vem como jogou nesse ano", afirma.
Segundo o medalhista do Pan-Americano de 2003, a pressão por quebra de recordes sobre o sérvio crescerá caso ele se aproxime do número de títulos dos rivais. Djokovic ganhou 10 torneios do Grand Slam, quatro a menos que Nadal. Federer lidera as estatísticas com 17 conquistas.
MARCELO MELO
O mineiro Marcelo Melo, número um do ranking de duplas, está garantido na liderança até o início da próxima temporada, independentemente do desempenho que ele alcançar em Londres.
Ao lado do croata Ivan Dodig, Melo tem como principais rivais os irmãos Bob e Mike Bryan. As duas duplas estão em grupos diferentes, podendo se encontrar na semifinal ou na final, como aconteceu na última edição, com vitória dos americanos.
Melo e Dodig estreiam na segunda contra os franceses Pierre-Hugues Herbert e Nicolas Mahut.
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