Handebol feminino busca bi mundial sem repetir trunfos do 1º título
O Brasil testa seu novo patamar no handebol a partir deste sábado (5), na Dinamarca. Campeã Mundial em 2013, a seleção feminina busca o bicampeonato com mudanças em relação à preparação rumo à Sérvia, há dois anos. A estreia é contra a Coreia do Sul, às 17h30 (de Brasília).
Das 16 jogadoras campeãs do mundo, dez permanecem. A base é a mesma, formada por atletas que atuam há anos na Europa –berço da modalidade. No entanto, se em 2013 eram 12 atletas "europeias", desta vez são dez.
Considerado fator crucial no sucesso brasileiro, a parceria com o clube austríaco Hÿpo já não existe desde 2014. Explica-se: devido a um acordo com a Confederação Brasileira de Handebol, o Hÿpo concentrava a base da seleção. Assim, elas ficavam o ano todo treinando e jogando juntas contra as melhores do mundo na Europa.
O time da Áustria chegou a ter oito brasileiras, além do técnico dinamarquês Morten Soudbak –contratado em 2009, hoje ele comanda exclusivamente a seleção.
Eduardo Knapp/Folhapress | ||
Morten Soubak, técnico da seleção feminina de handebol |
Do Mundial de 2013, seis jogadoras atuavam no Hÿpo. Elas deixaram o clube no ano passado e, agora, dividem-se em outras equipes: a goleira Babi está no Nykobing, da Dinamarca; a ponta Alê Nascimento, a armadora Deonise e a central Ana Paula foram para o Baia Mare, da Romênia; a ponta Fernanda também joga na liga romena, mas no Bucareste; e a capitã e pivô Dara está na BBM Bietigheim, da Alemanha.
A preparação da equipe também foi diferente desta vez. Se em 2013, as atletas embarcaram para um período de treinos e amistosos na Europa 17 dias antes do início do Mundial, neste ano elas chegaram ao continente a menos de uma semana da estreia.
E o torneio em Brasília que deveria servir de polimento final (no último fim de semana) não aconteceu. Dos três jogos agendados (contra Eslovênia, Argentina e Sérvia) apenas o último foi realizado, mas com duração menor do que o normal. Os outros foram cancelados em razão de goteiras no ginásio.
Ao menos as atuais campeãs continuam com a melhor do mundo no time. Em 2013, Alê Nascimento era dona do prêmio, hoje a armadora Duda Amorim detém o título –ela, porém, passou praticamente todo o ano se recuperando de cirurgia que fez para reconstruir o ligamento cruzado do joelho esquerdo.
O Brasil está no Grupo C, em Kolding, e ainda enfrenta Congo, Alemanha, Argentina e França nesta fase.
NA TV
Brasil x Coreia do Sul
17h30 SporTV e ESPN
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