Vamos dar trabalho no Mundial, dizem brasileiros do time de Felipão
Robinho, ex-Santos, Paulinho, ex-Corinthians, Ricardo Goulart, ex-Cruzeiro, e Elkeson, ex-Botafogo, são alguns dos brasileiros do time chinês Guangzhou Evergrande, comandado pelo técnico Luiz Felipe Scolari, que estreia às 5h deste domingo (13), contra o América do México, no Mundial de Clubes da Fifa.
Se vencer o clube mexicano, pelas quartas de final, em Osaka, no Japão, o time de Felipão –campeão da Liga dos Campeões da Ásia– terá ninguém menos que o poderoso Barcelona pela frente, na semifinal.
Em entrevista à Folha, os atacantes Elkeson e Alan, do Evergrande, reconhecem as limitações do elenco, mas se mostram confiantes com o crescimento do futebol chinês nos últimos anos e dizem que a equipe vai dar trabalho aos adversários no Mundial.
"O Guangzhou não chega ao Mundial como favorito, mas queremos ir embora daqui com a sensação de que fizemos um bom trabalho", afirma Elkeson. "O América do México é um adversário forte, mas temos totais condições de ganhar", diz Alan, ex-Fluminense.
Para isso, os jogadores do clube chinês contam com a preparação do experiente técnico Felipão, campeão do mundo à frente da seleção brasileira na Copa de 2002.
"A chegada dele deu o gás que precisávamos para conquistar títulos. Antes, sentíamos que o time não estava desempenhando em campo todo o potencial que tinha", diz Elkeson.
Liu Dawei/Xinhua | ||
Jogadores do Evergrande celebram o título da Liga dos Campeões da Ásia com o técnico Felipão (cima) |
Dentro de campo, os brasileiros garantem estarem entrosados com os atletas chineses e afirmam que nem mesmo a comunicação é um problema.
"Sabemos algumas poucas palavras em chinês e conseguimos nos entender", explica Alan.
Os brasileiros contam que, apesar do estranhamento inicial provocado pela diferença cultural, logo se adaptaram ao estilo de vida da China e foram bem recebidos pelos outros atletas, que têm interesse em aprender e trocar experiências com os jogadores estrangeiros. Para Elkeson, o futebol chinês está crescendo e em evolução e, em alguns anos, "fará papel bonito" em competições internacionais.
"É impressionante o fanatismo deles. Nos jogos em casa não atuamos com menos de 40 mil pessoas no estádio", diz.
Apesar de estarem bem adaptados, a distância e a saudade da família que mora no Brasil continuam sendo desafio aos brasileiros.
"Minha mulher está grávida e não estou podendo acompanhar esses meses de gestação porque ela já retornou ao Brasil", conta Alan.
Para o Mundial, no entanto, os brasileiros garantem estarem focados e esperam surpreender os rivais.
"Enfrentar o Barcelona na semifinal e fazer um bom jogo seria ótimo para o nosso clube", afirma Alan.
Além do Evergrande, do América do México (campeão da Liga dos Campeões da Concacaf) e do Barcelona (campeão da Liga dos Campeões da Europa), o Mundial conta na outra chave com o River Plate (campeão da Libertadores), que irá enfrentar o vencedor de Mazembe (campeão da Liga dos Campeões da África) e Sanfrecce Hiroshima (campeão japonês).
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