Meia que deu passe a Wendell Lira não esperava prêmio de gol mais bonito
Reprodução/Youtube/FIFATV | ||
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O meia Adriano da Matta, 27, que deu o passe para o goiano Wendell Lira marcar o gol pelo Goianésia contra o Atlético-GO, no estádio Serra Dourada, em março de 2015, não esperava que o tento receberia o Prêmio Puskás, dado ao gol mais bonito do ano pela Fifa.
Nesta segunda-feira (11), Lira desbancou com 46,7% dos votos o argentino Lionel Messi (33,3%), do Barcelona, e o italiano Alessandro Florenzi (7,1%), da Roma, e entrou para a história do futebol mundial.
"Quando saiu o gol e até mesmo depois, não tínhamos a noção de que [o gol] poderia concorrer ao prêmio [Puskás]. Nem pensamos nisso. A gente [elenco do Goianésia] comemorou por se um golaço e pela vitória contra o Atlético-GO, mas não tínhamos a consciência de que poderia tomar tamanha proporção", diz da Matta à Folha. "Foi uma surpresa muito boa", completa.
Hoje jogador do Aparecidense-GO (ele está emprestado pelo Luverdense), da Matta se diz orgulhoso pelo prêmio do ex-colega de clube.
"Ele é um craque. Sempre foi esforçado, se cuida e treina muito. É um merecedor", diz o meia, que afirmou que deu o passe por cima após perceber a presença do zagueiro adversário.
O atleta, que se define como um "garçom" dentro de campo, sempre buscando as assistências, disse que hoje tem o objetivo de atuar em um clube grande no Brasil. Segundo da Matta, a jogada lhe trouxe reconhecimento. O meia conta que recebeu propostas e acredita que, após a assistência, o seu trabalho passou a ser acompanhado mais de perto.
"O gol ajudou a divulgar mais ele [Wendell Lira] porque não são tantas as pessoas que valorizam o passe, mas também recebi muitas mensagens de elogio", conta o jogador que teve passagem pelas categorias de base do São Paulo.
O atacante Nonato, 36, do Goianésia, que também participou da jogada do gol mais bonito, confirma a versão de Adriano da Matta e disse que, antes de Lira se tornar um finalista, o elenco do Goianésia não esperava o prêmio.
"Não esperávamos que o gol fosse brigar pelo Prêmio Puskás. Ficamos surpresos quando o Wendell [Lira] ficou entre os dez finalistas e até comentamos: 'lembraram de um gol de uma equipe que disputa a quarta divisão do Campeonato Brasileiro'", conta Nonato, que recuperou a bola na linha de fundo e iniciou a jogada do gol premiado.
"Fico muito feliz por ter participado do lance e também pelo prêmio do Wendell, que sempre foi muito dedicado. Ele merece", diz o atacante. "Depois do gol, fui o primeiro a chegar abraçando o Wendell porque não é sempre que vemos um golaço assim", completa.
À Folha, Lira também se disse surpreso por ter vencido ninguém menos que Lionel Messi, que nesta segunda foi eleito o melhor jogador do mundo pela quinta vez.
"Fiquei muito surpreso porque ganhar do Messi era muito difícil, mas a nação de brasileiros fez com que este sonho se tornasse realidade", disse Lira após receber o prêmio.
Lira foi o segundo brasileiro a ser premiado com o gol mais bonito. Neymar, então no Santos, colocou o país no topo em 2012, pelo gol marcado contra o Flamengo no ano anterior, na Vila Belmiro.
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