Infantino diz que escolha de sede da Copa-2026 deve começar em 2 meses
Veriano Domenico - 28.fev.2016/AFP | ||
Infantino durante jogo de futebol na sede da Fifa, em Zurique, na Suíça |
Gianni Infantino iniciou seus trabalhos no comando da Fifa com um amistoso de futebol nesta segunda-feira, deixando temas como seu próprio salário para outro dia.
"Sei que vocês não acreditam, mas não é por isso [dinheiro] que me candidatei para ser presidente da Fifa, disse ele aos repórteres após a 'pelada' com funcionários e convidados.
O suíço disse esperar que o processo de escolha da sede da Copa do Mundo de 2026, atrasado pelo escândalo de corrupção abrangente que abalou a entidade responsável pelo futebol mundial no ano passado, comece antes de a Fifa realizar seu próximo congresso, em maio, na Cidade do México.
Os Mundiais de 2018 e 2022, que acontecerão na Rússia e no Qatar, precisam ser "os melhores da história", afirmou.
Infantino pareceu ansioso para rolar a bola da escolha da sede do torneio de 2026. O processo deveria ter começado em 2015, e o anúncio da decisão estava agendado para o ano que vem, em Kuala Lumpur, na Malásia.
"Definitivamente acho que precisamos iniciar o processo de candidaturas nos próximos dois meses, provavelmente antes do próximo congresso, em maio", disse o novo mandatário.
Como os estatutos da Fifa proíbem que uma Copa seja sediada duas vezes consecutivas em um mesmo continente, o Mundial de 2026 não acontecerá na Ásia.
A Fifa foi obrigada a investigar os Mundiais de 2018 e 2022, cercados por polêmicas, e também existe um inquérito em curso a cargo da procuradoria-geral suíça.
Infantino rejeitou a insinuação de que terá menos força que seu precursor, o também suíço Joseph Blatter.
"Não diria que tenho poderes limitados", disse. "Fui eleito na sexta-feira para ser o líder da Fifa. O líder dá o tom, o líder terá que fazer um trabalho convincente, é claro. Não é uma ditadura, é uma democracia, uma participação".
Ele afirmou não ter discutido seu salário desde sua eleição, na sexta-feira passada. O pagamento de seu antecessor, suspenso do futebol por seis anos, jamais foi tornado público.
Entre as reformas votadas no congresso extraordinário da Fifa na semana passada para ajudar a entidade a deixar o escândalo para trás está a divulgação dos rendimentos de altos dirigentes.
PELADA
O amistoso desta segunda-feira, disputado sob baixas temperaturas na sede da organização em Zurique, na Suíça, teve duas partidas com times de sete jogadores formados por funcionários e ex-profissionais.
O "Time Infantino" incluiu Luis Figo, ex-meia-atacante de Portugal, e Fabio Cannavaro, ex-zagueiro da seleção italiana.
Infantino, de 45 anos, vestia uma camisa 9 e correu com entusiasmo, mas pouco tocou na bola.
"O trabalho duro começa agora, mas quis organizar uma partida de futebol com aqueles que fazem desse esporte o que ele é", disse Infantino.
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