Santos se espelha no Bayern de Munique para final contra Audax
Ivan Storti/Santos FC/Divulgação | ||
Lucas Lima toca a bola durante treino do Santos nesta sexta (29) |
Na última temporada, o Santos foi uma das sensações com um futebol caracterizado pela velocidade, pela troca de passes e a transição ágil da defesa para o ataque. Em 2016, a equipe mantém o esquema de jogo, 4-2-3-1, mas modificações em campo promovidas pelo técnico Dorival Júnior têm agregado novas características ao grupo.
O modelo no qual se espelha o treinador é a equipe alemã Bayern de Munique, comandada pelo espanhol Pep Guardiola, cujas características têm sido exaustivamente mostradas ao jogadores por meio de vídeos dos jogos desde o início da temporada. Em 2016, a média de posse de bola santista já aumentou sete pontos percentuais em relação ao ano passado, de 50% para 57%, segundo levantamento do clube.
Curiosamente, o Audax, rival na final do Paulista, reproduz a contínua troca de passes barcelonista, o "tiki-taka", popularizado pela ex-equipe de Guardiola
Os incrementos de Dorival já começam sob as traves. Vanderlei e os demais goleiros têm sido treinados para participarem mais da saída de bola com os pés. No Brasileiro de 2015, Vanderlei deu, em média, dez passes por partida. Já no Paulista deste ano, as participações subiram para 15, estatística que dá medida das corriqueiras trocas de passes com os demais defensores. Os números são do site Footstats. A ideia de Dorival é simular a participação de Neuer, do Bayern.
Segundo a Folha apurou, observadores do próprio Bayern estarão em São Paulo na próxima semana para acompanhar as duas maiores referências da equipe: Lucas Lima e Gabriel.
Mais do que nunca, o meia é protagonista da equipe. No Paulista, ele já alcançou o mesmo número de assistências para gols que teve ao longo de todo o Brasileiro de 2015, cinco, quase o mesmo número de finalizações (nove, contra 11) e é líder do time em critérios como passes para finalizações e cruzamentos. Ele tem jogado mais avançado, apoiado por Thiago Maia.
Provocados pelo treinador a intensificarem a troca de posições, algo típico nas equipes de Guardiola, Gabriel e Ricardo Oliveira têm revezado as funções de assistente e goleador.
Artilheiro em 2015, Oliveira tem três assistências no Paulista, uma a mais que no Brasileiro, quando fez o dobro de partidas em relação ao Estadual. Já Gabriel, mais garçom em 2015, alavancou sua média de gols por jogo para 0,7 –no Brasileiro foi de 0,3.
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