Fifa calcula que receberá R$ 3 bilhões a mais na Copa de 2026
Além de ampliar o número de participantes de 32 para 48 seleções na Copa de 2026, a Fifa prevê arrecadar US$ 1 bilhão (cerca de R$ 3,2 bilhões) a mais com o Mundial.
Segundo pesquisa da própria entidade, o torneio deve arrecadar cerca de US$ 6,5 bilhões (R$ 20,74 bilhões) com venda de direitos de transmissão e patrocínios, além de ingressos.
Como comparação, a Fifa estima receber US$ 5,5 bilhões (R$ 17,5 bilhões) com a Copa da Rússia, em 2018.
O lucro projetado pela entidade mundial é de um crescimento de US$ 640 milhões (cerca de R$ 2 bilhões) para a competição.
Além da vaga no torneio, a Fifa acenou com possibilidade de pagar, no mínimo, US$ 8 milhões (R$ 25 milhões) a cada federação participante do Mundial.
A escolha da sede será feita em maio de 2020. Com o gigantismo da competição, a Fifa já deixou claro que pretende realizar esta edição do torneio em mais de um país, como aconteceu em 2002, quando Japão e Coreia do Sul dividiram a organização do evento.
Por causa do rodízio ainda em vigor, o continente americano é o favorito. México, Canadá e EUA negociam uma candidatura conjunta para receber a Copa.
Pelo regulamento atual, a Ásia e a Europa estariam fora da disputa. A Fifa impede que um continente volte a sediar o Mundial menos de duas edições após abrigar o evento.
ANÁLISE
Para Pedro Trengrouse, professor da FGV, o cálculo da Fifa ignora variáveis relevantes para o futuro.
"Isso é um exercício teórico com uma visão linear, que pode não se confirmar na prática. O modelo de financiamento do esporte no mundo, dependente do dinheiro da TV e de patrocínios, dá sinais de esgotamento. Os hábitos de consumo estão mudando, as pessoas veem cada vez menos televisão. Será que as grandes redes de TV terão dinheiro para sustentar a mesma lógica comercial?", questiona.
"No Brasil, o Google é a empresa de mídia com o segundo maior volume de investimento publicitário, atrás só da Globo. Mas o Google é diferente da TV: tem mais interatividade com o consumidor, não se restringe ao modelo da visibilidade da TV. Até 2026, deveremos ter um novo modelo de negócios, mais interativo, centrado na internet e próximo das gerações mais novas, que serão maioria no futuro".
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