Corinthians e Palmeiras colocam defesas à prova no clássico
O clássico desta quarta-feira no Itaquerão valerá muito mais que a tranquilidade e os três pontos na tabela de classificação em caso de vitória. O duelo também colocará à prova as defesas de Corinthians e Palmeiras, setores que receberam elogios até agora.
Desde que assumiu o comando corintiano, Fábio Carille deixou claro que seu primeiro objetivo era acertar o sistema defensivo. "Com o tempo, vamos ajustando para ter uma equipe equilibrada atrás e no ataque. A primeira ideia é parar de tomar gols, coisa que aumentou muito no ano passado", disse Carille logo após o jogo contra o São Bento, o primeiro do Paulista.
A preocupação era ainda maior em virtude das alterações que o setor sofreu. Dos cinco jogadores da linha de defesa e dos dois volantes que terminaram como titulares no Brasileiro-2016, apenas Fagner e Balbuena começarão o clássico.
Recém-contratado, Pablo ganhou a posição de Vilson, enquanto Arana ou Moisés devem atuar na lateral esquerda. O antigo dono da posição era Uendel, negociado com o Internacional. No gol, Cássio será o titular -Walter está machucado.
A dupla de volantes que terminou o Nacional também não estará em campo. Cristian não foi inscrito e Camacho foi liberado do jogo em virtude da morte do seu pai.
A princípio, a estratégia deu certo. Em cinco jogos oficiais na temporada -quatro pelo Estadual e um pela Copa do Brasil–, a equipe sofreu apenas dois gols —justamente na derrota para o Santo André, a única no Estadual.
Já o técnico do Palmeiras, Eduardo Baptista, não teve que se preocupar tanto com os desfalques no setor, mas sim com o novo modelo de jogo. Ele escolheu o 4-1-4-1 para substituir uma variação do 4-3-3, utilizado por Cuca.
As mudanças foram poucas. Jailson deu lugar a Prass, que se recuperou de contusão e já vinha sendo titular. Jean, Vitor Hugo e Zé Roberto foram mantidos. A única alteração nos primeiros jogos foi a presença de Edu Dracena na vaga de Mina, que fazia reforço muscular. No meio, Felipe Melo ganhou a posição.
"O 4-1-4-1 é uma disposição melhor pra mim. Eu não gosto de jogar com dois volantes por trás. Eu consigo jogar e marcar bem com um volante por trás. Eu gosto de dois meias avançados e chegando lá. Por isso, o 4-1-4-1 é um sistema que eu gosto, que deu certo", explicou.
Em quatro jogos até agora, o Palmeiras sofreu apenas um gol -de bola parada contra o Ituano. Os adversários, porém, foram Botafogo, São Bernardo e Linense, além do time de Itu.
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