Sem licença da Uefa, brasileiro não pôde comandar equipe portuguesa
Com apenas a Licença A de treinadores da CBF, o brasileiro Paulo César Gusmão, 55, foi impedido no ano passado de comandar o Marítimo do banco de reservas na primeira rodada do Português.
Com a interferência da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), que enviou documentos que comprovavam a experiência do técnico na função, Gusmão comandou o time nas outras partidas, mas na súmula não era considerado o treinador oficial.
Geraldo Bubniak/Fotoarena/Folhapress | ||
Paulo César Gusmão em 2013, quando comandava o Atlético-GO na Série B do Campeonato Brasileiro |
A equipe portuguesa foi obrigada a contratar outro profissional que tinha a Licença Pro da Uefa, que assinava o documento da partida e participava das entrevistas oficiais antes e pós-jogo.
"Foi uma situação muito estranha. Ainda bem que tiveram o bom senso e liberaram para eu trabalhar com a licença A da CBF", disse o Gusmão, que fez apenas cinco jogos no clube –com uma vitória e quatro derrotas.
"[A falta da licença] não foi o motivo principal da minha saída, mas pesou muito. A imprensa sempre falava da minha formação e a cobrança era muito grande", disse Gusmão, que conclui a Licença Pro da CBF em dezembro.
QATAR
Em 2014, o brasileiro Alexandre Gama, 49, quase foi impedido de trabalhar no Qatar por também não possuir a Licença Pro da Uefa.
Ele ganhou a qualificação de licença A da Confederação Asiática de Futebol por ter trabalhado como auxiliar por dois anos na seleção da Coreia do Sul.
Livraria da Folha
- Box de DVD reúne dupla de clássicos de Andrei Tarkóvski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade
- 'Fluxos em Cadeia' analisa funcionamento e cotidiano do sistema penitenciário
- Livro analisa comunicações políticas entre Portugal, Brasil e Angola
- Livro traz mais de cem receitas de saladas que promovem saciedade