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16/04/2008 - 08h09

Imigração e economia preocupam eleitores brasileiros nos EUA

RAFAEL GOMEZ
da BBC, em Washington

A questão da imigração e o desaquecimento da economia são as duas principais preocupações citadas por brasileiros ouvidos pela BBC nos Estados Unidos e que irão votar nas eleições que, em novembro, decidirão quem será o próximo presidente do país.

Acredita-se que cerca de 1,3 milhão de brasileiros vivam nos Estados Unidos, mas não existem estatísticas precisas sobre o número de brasileiros naturalizados que têm direito a voto.

Segundo o Centro do Imigrante Brasileiro, uma organização que defende os interesses da comunidade, no Estado de Massachussets cerca de 6.500 dos aproximadamente 17 mil naturalizados são eleitores registrados.

Fausto da Rocha, diretor-executivo do centro, acredita que esse número ainda é muito pequeno. "Quanto mais brasileiros que se tornaram cidadãos participarem das eleições, se registrarem para votar, maior poder de barganha a comunidade vai ter com os políticos na hora de aprovar projetos de interesse", disse.

Segundo ele, o fato de poucos brasileiros se registrarem para votar tem a ver com a falta de conscientização da importância do voto e o que ele pode representar para a comunidade.

"Não faz diferença"

Matilde Wosnjuk, dona do jornal "Utah Brazilian News", voltado à comunidade no Estado de Utah, é uma das brasileiras que está tentando tirar sua cidadania a tempo de poder se registrar e votar em novembro.

Segundo ela, que está em Salt Lake City há 12 anos, esta eleição está empolgando mais que as anteriores, mas, mesmo assim, a maioria dos brasileiros em Utah não vai votar. "Elas acham que não vai fazer diferença", afirma.

Mas muitos naturalizados não correspondem ao perfil descrito por Matilde. Um exemplo é Marcello Masseran, um empresário carioca radicado em Denver. Ele diz ser republicano e defende um maior rigor na entrada de imigrantes ilegais no país.

"Se abríssemos as portas neste país, não teria como, porque todo mundo quer vir morar aqui", disse. "Eu acredito que é o único país do mundo em que você pode vir sem conhecer ninguém, sem ter contato nenhum e se dar bem na vida."

Economia

Mayla e Yara Melo, duas irmãs brasileiras-americanas que moram em Nova York, também irão votar em novembro. Elas acham que a recessão já uma realidade nos Estados Unidos e, por isso, reerguer a economia será uma tarefa fundamental para o próximo presidente.

"Se a economia não está boa, nada vai bem. Você pode ser americano, imigrante, o que for. Sendo brasileiro, você também é afetado", diz Yara.

Fausto da Rocha, do Centro do Imigrante Brasileiro, diz que sua organização está fazendo um trabalho de conscientização da comunidade para aumentar o número de eleitores.

Rocha acredita, porém, que a comunidade brasileira ainda está "a cerca de 30 anos" de ter um representante eleito, repetindo a trajetória dos hispânicos --que já tem dezenas de cadeiras no Congresso americano.

Comentários dos leitores
hugo chavez (262) 11/01/2010 22h49
hugo chavez (262) 11/01/2010 22h49
As "autoridades" de imigração dos eua encobriram maus-tratos a estrangeiros e falta de atendimento médico nos casos de detidos mortos na prisão nos últimos anos, denunciou o jornal "The New York Times". A informação é parte do conteúdo de documentos internos e confidenciais obtidos pela publicação e a ONG União Americana de Liberdades Civis. Ambos se acolheram a uma lei de transparência que obriga à divulgação deste tipo de informação pelo governo. Os documentos mencionam os casos de 107 estrangeiros que morreram nos centros de detenção para imigrantes desde outubro de 2003. "Certos funcionários, alguns deles ainda em postos-chave, usaram seu cargo para ocultar provas de maus-tratos, desviar a atenção da imprensa e preparar declarações públicas com desculpas, após ter obtido dados que apontavam os abusos". É mais uma da "democracia" estadounidense que vive apontando o dedo para os outros. Quanto tempo e quantas patifarias ainda faltam para que alguns reconheçam que "liberdade e democracia" são MITOS nos eua. Ali acontece todo o tipo de manipulação, tortura, conchavo, tráfico, suborno, violência, abuso, enfim, toda a sorte de patifarias. Os eua estão mergulhados no mais profundo colapso em TODOS os sentidos. Não dá mais para encobrir que eles não se diferenciam em nada de TODOS os regimes que criticam, mas, como tem o poder das armas e são totalmente influenciados pela doutrina nazi sionista racista e fascista, são os maiores e verdadeiros grandes TERRORISTAS do mundo. São os condutores das maiores mazelas nos 4 cantos e o povo estadounidense precisa recuperar o poder e realmente conseguir resgatar sua Nação. Para começar, é preciso ter presidentes de verdade e não fantoches de 2 partidos que têm os mesmos "senhores", o sionismo internacional. Vivemos um momento decisivo onde devemos apoiar a Resistência mundial e lutar para derrubar o eixo que venceu o outro eixo na 2ª guerra e construir um mundo livre voltado para o socialismo do século XXI. Não ao capitalismo e ao comunismo, duas faces da mesma moeda controladas pelos sionismo. sem opinião
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Luciano Edler Suzart (40) 09/10/2009 10h20
Luciano Edler Suzart (40) 09/10/2009 10h20
A situação é periclitante, se antigamente se concedia o Nobel da Paz a quem de algum modo, plantava a paz no mundo, hoje (dada a escassez de boa fé geral) se concede o prémio a quem não faz a guerra... Como diria o sábio Maluf: "Antes de entrar queria fazer o bem, depois que entei, o máximo que conseguí foi evitar o mal"
Só assim pra se justificar esse Nobel a Obama, ou podemos ver como um estímulo preventivo a que não use da força bélica que lhe está disponível contra novos "Afeganistões" do mundo.
1 opinião
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honório Tonial (2) 16/05/2009 21h47
honório Tonial (2) 16/05/2009 21h47
Considero ecelente vosso noticiario. Obrigado, aos 83 anos de mnha vida, 8 opiniões
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