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12/09/2002
-
07h13
Um impasse entre a Polícia Militar e os agentes penitenciários do Desipe (Departamento do Sistema Penitenciário) impediu que fosse cumprida de imediato a ordem da governadora do Rio, Benedita da Silva (PT), para que o presídio fosse invadido.
A autorização para a invasão foi anunciada oficialmente às 17h30 pela assessoria de Benedita. Por volta das 18h30, porém, agentes do Desipe fizeram um cordão de isolamento na frente do presídio, para impedir a entrada de policiais militares do Bope (Batalhão de Operações Especiais), designados para realizar a invasão.
Os agentes barraram a invasão como forma de proteger os colegas reféns. Eles temiam que as vítimas
fossem mortas.
Diante do confronto iminente entre as duas forças, um grupo de quatro delegados, comandados pelo subsecretário de Planejamento e Integração Operacional, Carlos Leba, conseguiu entrar em Bangu 1 para assumir a negociação com os presos rebelados.
Às 21h30, a negociação estava em um impasse. Os presos exigiam a transferência para outros presídios do Estado do Rio e ameaçavam matar os reféns caso não fossem atendidos. O governo não aceitava as exigências.
Providências
A rebelião começou às 8h. Três horas depois, o secretário de Segurança, Roberto Aguiar, convocou, às pressas, uma reunião com o chefe da Polícia Civil, Zaqueu Teixeira, o secretário de Justiça, Paulo Saboya, e o comandante da PM, coronel Francisco Braz.
Durante todo tempo em que a cúpula esteve reunida, a desinformação era total, principalmente com relação ao traficante Celsinho da Vila Vintém. Ninguém sabia se ele morrera ou era mantido refém.
No início da tarde, os dirigentes reunidos acionaram o Bope para assumir a negociação com os presos. Como não houve um acordo, o comandante da PM foi para o local, por volta das 15h. Diante de um novo fracasso, Benedita entrou na reunião às 16h. A seguir, foi dada a ordem da invasão.
A cúpula da segurança decidiu que será feito um pente-fino (revista minuciosa) em todas as unidades que integram o complexo penitenciário de Bangu.
Outra decisão foi convocar 12 agentes que trabalhavam ontem no presídio para prestar depoimento. Eles terão que relatar como os presos conseguiram pegar as armas.
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da Folha de S.Paulo, no RioUm impasse entre a Polícia Militar e os agentes penitenciários do Desipe (Departamento do Sistema Penitenciário) impediu que fosse cumprida de imediato a ordem da governadora do Rio, Benedita da Silva (PT), para que o presídio fosse invadido.
A autorização para a invasão foi anunciada oficialmente às 17h30 pela assessoria de Benedita. Por volta das 18h30, porém, agentes do Desipe fizeram um cordão de isolamento na frente do presídio, para impedir a entrada de policiais militares do Bope (Batalhão de Operações Especiais), designados para realizar a invasão.
Os agentes barraram a invasão como forma de proteger os colegas reféns. Eles temiam que as vítimas
fossem mortas.
Diante do confronto iminente entre as duas forças, um grupo de quatro delegados, comandados pelo subsecretário de Planejamento e Integração Operacional, Carlos Leba, conseguiu entrar em Bangu 1 para assumir a negociação com os presos rebelados.
Às 21h30, a negociação estava em um impasse. Os presos exigiam a transferência para outros presídios do Estado do Rio e ameaçavam matar os reféns caso não fossem atendidos. O governo não aceitava as exigências.
Providências
A rebelião começou às 8h. Três horas depois, o secretário de Segurança, Roberto Aguiar, convocou, às pressas, uma reunião com o chefe da Polícia Civil, Zaqueu Teixeira, o secretário de Justiça, Paulo Saboya, e o comandante da PM, coronel Francisco Braz.
Durante todo tempo em que a cúpula esteve reunida, a desinformação era total, principalmente com relação ao traficante Celsinho da Vila Vintém. Ninguém sabia se ele morrera ou era mantido refém.
No início da tarde, os dirigentes reunidos acionaram o Bope para assumir a negociação com os presos. Como não houve um acordo, o comandante da PM foi para o local, por volta das 15h. Diante de um novo fracasso, Benedita entrou na reunião às 16h. A seguir, foi dada a ordem da invasão.
A cúpula da segurança decidiu que será feito um pente-fino (revista minuciosa) em todas as unidades que integram o complexo penitenciário de Bangu.
Outra decisão foi convocar 12 agentes que trabalhavam ontem no presídio para prestar depoimento. Eles terão que relatar como os presos conseguiram pegar as armas.
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