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A vida desses brasileiros já é um imenso "provão"

O Ministério da Educação apresentou ontem, em Brasília, os 18 estudantes que tiveram as notas mais altas no provão - as estrelas foram os seis alunos que sempre estudaram em escolas públicas.

O estrelato é obviamente compreensível. Para aqueles seis estudantes, nascidos em famílias pobres, obrigados a estudar e trabalhar ao mesmo tempo, a vida já é um imenso e cotidiano provão.

Uma medida desse "provão" existencial é a pesquisa realizada, no final do ano passado, em 496 escolas públicas de São Paulo, destinada a avaliar seu grau de violência.

Promovido pelo Udemo (Sindicato dos Especialistas da Educação do Magistério Oficial do Estado de São Paulo), o levantamento revela como as escolas se tornaram um laboratório de delinqüências. Algumas delas registram casos de seqüestro de diretor, praticados por alunos; estupro e abuso sexual contra professores; furto de armas das policiais femininas.

Diretores informaram sobre explosões de granadas e de blecautes provocados pelos estudantes; 52% relataram algum tipo de depredação; 19% incêndios propositalmente provocados.

O resultado final - e estarrecedor - é que 81% das escolas investigadas informaram algum tipo de violência. Para os diretores, a violência cresce ano a ano. Metade deles reclamou do tráfico de drogas nas suas imediações.

Olhando a realidade educacional a partir de estupros, granadas e seqüestros, tem-se uma idéia do esforço que aqueles estudantes, apresentados ontem em Brasília, tiveram de fazer para tirar o primeiro lugar no provão.

 
 
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