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empréstimo
04/11/2003
Previdência vai monitorar juro a aposentado

O Governo vai ficar de olho nos bancos para garantir as melhores condições nos empréstimos aos aposentados com desconto direto dos benefícios. Em reunião feita ontem em Brasília, da qual participaram representantes do INSS, dos aposentados e dos bancos, o Ministério da Previdência deixou claro que irá monitorar as taxas cobradas nesses financiamentos, as quais espera que fiquem abaixo dos 2% ao mês.

Segundo fontes que participaram da reunião, o ministro Ricardo Berzoini informou aos bancos que pretende elaborar um ranking com as taxas cobradas nos empréstimos. A idéia é que sejam divulgadas na internet, para que os interessados possam compará-las.

O consultor financeiro Miguel de Oliveira acha difícil que esse monitoramento evite disparidades e taxas elevadas. “O próprio site do BC monitora hoje taxas como crédito pessoal e cheque especial, mas muitos bancos informam taxas abaixo do que praticam. O aposentado terá de ter cuidado dobrado, seja para não se endividar, seja comparando as condições de financiamento no mercado.”

Para o presidente do Sindicato dos Aposentados e Pensionistas da Força Sindical, João Inocentini, ainda haverá muita queda de braço em relação às taxas que serão cobradas. “Achamos que a média não poderá ficar acima dos 2% ao mês. Mas os bancos estão reclamando muito de custos, de dificuldades operacionais”, diz.

Na avaliação de Inocentini, por causa dessas dificuldades apontadas pelos bancos, e também porque a instrução normativa para regular os créditos só deve sair nos próximos dias, dificilmente os primeiros empréstimos acontecerão antes do fim de dezembro ou começo de janeiro.

Ficou decidido ainda que haverá nova reunião no dia 18, em que os bancos apresentarão as condições de empréstimos que estão dispostos a oferecer e a Dataprev informará sobre o custo que o INSS terá para reter o dinheiro e fazer o repasse do dinheiro aos bancos.

O ministério também quer que os bancos estimulem a troca de dívidas mais caras pelo crédito mais barato pelos aposentados e deve ampliar o número de bancos credenciados ao INSS para fazer o pagamento dos benefícios.

A estimativa dos técnicos da Previdência é que 16 milhões de aposentados podem ser beneficiados com o crédito.



SANDRA MOTTA
Do Diário de S. Paulol

   
 
 
 

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