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Dia 27/10/00

 

 


Emenda na lei pode fazer empresas "escaparem" das cotas para deficientes

Raquel Souza
Especial para GD

Um projeto de dispositivo à lei nº7.853/89 , atualmente tramitando no Senado, pode livrar as empresas de ter que empregar portadores de deficiência. Ele regulariza a prestação de serviços de portadores de deficiência, que autoriza entidades beneficentes a intermediar, junto a empresas ou o serviço público, esse tipo de serviço.

O problema, segundo entidades ligadas aos direitos dessa parte da população, é que alguns senadores estão querendo alterar o projeto, retirando o parágrafo que obriga as empresas a contratarem portadores, independente de usar serviços terceirizados. Empresas com mais de 100 funcionários terão que cumprir as cotas, que são: de 100 a 200 empregados, 2%; de 201 a 500, 3%; de 501 a mil, 4%; mais de mil, 5%.

"Eles querem dar o pulo do gato retirando esse parágrafo. O dispositivo foi criado para facilitar as condições de entrada do mercado de trabalho de portadores de deficiência", contou a Lizair Quarino, vice-presidente do Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa Portadora de Deficiência (CONAD).

O intuito da medida, para Lizair, é garantir a inserção de pessoas com necessidades específicas - como horários diferenciados e supervisão contínua de profissionais especializados - que dificilmente entrariam no mercado formal de trabalho.

Segundo o senador Bello Praga (PFL - MA), a não aprovação do projeto está relacionada à outra questão. "Não entrei no mérito desse assunto", afirmou.

Ele conta que um dos artigos do dispositivo lesa a Lei Complementar nº 75/93 . No texto do dispositivo, o poder público poderia propor ações individuais para defender juridicamente a contratação do trabalhado que necessite a adoção de apoios especiais para sua concretização. Já a lei citada pelo senador proíbe tal medida.

Para a Dra. Lizair trata-se de um jogo político. "De repente o projeto se tornou inconstitucional. Ele passou pelo gabinete do presidente da república, pelos Ministérios do Trabalho e Justiça e foi aprovado pelos deputados federais. Isso parece uma manobra política", disse.

O dispositivo está agora na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania para análise.

 

 
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