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27/09/2001
-
09h35
especial para a Folha de S.Paulo
Assim como o atentado nos EUA, o levante de Jacareacanga também começou num dia 11, em fevereiro de 1956. Os oficiais da Aeronáutica, Haroldo Veloso e José Chaves Lameirão, sequestraram um bimotor da FAB (Força Aérea Brasileira) e rumaram para Jacareacanga, uma base aérea do Pará. No caminho, pousaram nas bases de Aragarças (GO), Cachimbo (PA) e Santarém (PA) e obtiveram a adesão da maioria das tropas nelas sediadas. Dez dias depois, o exército venceu os revoltosos e prendeu os envolvidos. Eles foram anistiados posteriormente.
O acontecimento integrou a crise política em torno da posse do presidente Juscelino Kubitschek, em 1956.
Os três principais partidos do Brasil eram o PSD (Partido Social Democrático), a UDN (União Democrática Nacional) e o PTB (Partido Trabalhista Brasileiro). Na eleição presidencial de 1955, JK (PSD-PTB) e o general Juarez Távora (UDN) eram os favoritos.
JK pretendia conciliar a participação do capital estrangeiro com o nacional, reservando para o Estado os setores de base. Juarez desejava liberar os investimentos estrangeiros no Brasil. Era a disputa do nacional-desenvolvimentismo contra o "entreguismo".
JK venceu com 36% dos votos. A UDN contestou a vitória, afirmando que JK não atingira 50% dos votos. A Constituição de 1946 não observava esse critério; em turno único, o mais votado era o eleito.
A crise política cresceu após a eleição, antes da posse de JK. O presidente Café Filho pediu licença de saúde; assumiu Carlos Luz, presidente da Câmara dos Deputados, mas foi deposto pelo marechal Teixeira Lott, um oficial legalista, sob a suspeita de que facilitaria um golpe de Estado, patrocinado pela UDN, para não dar posse a JK.
Lott impediu o retorno de Café Filho, e a presidência foi entregue a Nereu Ramos, presidente do Senado, que deu posse a JK com a garantia do Exército em 31 de janeiro de 1956.
O episódio de Jacareacanga, iniciado em 11 de fevereiro, foi o último descontentamento armado contra JK.
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João Bonturi é professor de história do Colégio Singular, do cursinho Singular-Anglo e colunista da Folha Online
Fovest - 27.set.2001
RESUMÃO
Português
Geografia
Química
Atualidades
Matemática
PROFISSÕES
Mundo do publicitário vai além da criação
3º setor impulsiona carreira do publicitário
Saiba mais sobre a profissão
CAPA
Cursos de curta duração podem ser boa opção
Cursos seqüenciais limitam a área de atuação
Universidades estaduais de SP querem criar seqüencial
MEC regulamentou cursos seqüenciais em 1999
Tire suas dúvidas sobre os cursos seqüenciais
PROGRAMA
Filme capta essência do livro "A Hora da Estrela"
Resumão/história - Seqüestro iniciou levante no Brasil
JOÃO BONTURIespecial para a Folha de S.Paulo
Assim como o atentado nos EUA, o levante de Jacareacanga também começou num dia 11, em fevereiro de 1956. Os oficiais da Aeronáutica, Haroldo Veloso e José Chaves Lameirão, sequestraram um bimotor da FAB (Força Aérea Brasileira) e rumaram para Jacareacanga, uma base aérea do Pará. No caminho, pousaram nas bases de Aragarças (GO), Cachimbo (PA) e Santarém (PA) e obtiveram a adesão da maioria das tropas nelas sediadas. Dez dias depois, o exército venceu os revoltosos e prendeu os envolvidos. Eles foram anistiados posteriormente.
O acontecimento integrou a crise política em torno da posse do presidente Juscelino Kubitschek, em 1956.
Os três principais partidos do Brasil eram o PSD (Partido Social Democrático), a UDN (União Democrática Nacional) e o PTB (Partido Trabalhista Brasileiro). Na eleição presidencial de 1955, JK (PSD-PTB) e o general Juarez Távora (UDN) eram os favoritos.
JK pretendia conciliar a participação do capital estrangeiro com o nacional, reservando para o Estado os setores de base. Juarez desejava liberar os investimentos estrangeiros no Brasil. Era a disputa do nacional-desenvolvimentismo contra o "entreguismo".
JK venceu com 36% dos votos. A UDN contestou a vitória, afirmando que JK não atingira 50% dos votos. A Constituição de 1946 não observava esse critério; em turno único, o mais votado era o eleito.
A crise política cresceu após a eleição, antes da posse de JK. O presidente Café Filho pediu licença de saúde; assumiu Carlos Luz, presidente da Câmara dos Deputados, mas foi deposto pelo marechal Teixeira Lott, um oficial legalista, sob a suspeita de que facilitaria um golpe de Estado, patrocinado pela UDN, para não dar posse a JK.
Lott impediu o retorno de Café Filho, e a presidência foi entregue a Nereu Ramos, presidente do Senado, que deu posse a JK com a garantia do Exército em 31 de janeiro de 1956.
O episódio de Jacareacanga, iniciado em 11 de fevereiro, foi o último descontentamento armado contra JK.
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João Bonturi é professor de história do Colégio Singular, do cursinho Singular-Anglo e colunista da Folha Online
Fovest - 27.set.2001
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