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27/09/2001 - 09h40

Resumão/geografia - Código Florestal e Amazônia

MÁRCIO MASATOSHI KONDO
especial para a Folha de S.Paulo

Heranças do período colonial, as práticas extensivas ainda caracterizam a agropecuária brasileira: intensos e extensos desmatamentos, uso de queimadas, abandono dos solos devido ao seu rápido esgotamento, desperdício de terras, pois no Brasil o aumento da produção é diretamente proporcional ao aumento da área cultivada, atraso tecnológico e má qualificação e remuneração da mão-de-obra. A concentração fundiária e a baixa produtividade agropecuária são sinais inequívocos de atraso e de subdesenvolvimento.

A Amazônia corresponde a mais de 60% do território brasileiro, e sua imensa floresta representa mais de um quarto da reserva de mata tropical do planeta. Seus solos são os mais frágeis do Brasil para a atividade agropecuária. Quando expostos, são facilmente intemperizados, lixiviados, laterizados e erodidos. Para que usá-los na agropecuária se o manejo da floresta e do cerrado da Amazônia é uma alternativa ambiental e economicamente mais lucrativa? A produção controlada de madeira, a criação de reservas extrativas (látex, castanha-do-pará), a exploração das essências vegetais e a pesquisa médico-farmacêutica são alternativas econômicas com impacto social positivo.

Ao propor que o Código Florestal seja alterado para reduzir a área de proteção vegetal para 20% da cobertura (em especial na Amazônia Legal), parlamentares provaram que hábitos coloniais continuam arraigados na cultura política e econômica (sobretudo na economia rural): aumento da produção agropecuária sem investimento na ampliação da produtividade.

É preciso considerar alguns fatos: o Brasil não deve tornar-se uma imensa fazenda ou pastagem; apesar dos altos custos, é possível desenvolver uma agricultura moderna, produtiva e lucrativa sem novos desmatamentos; pelo fato de localizar-se longe dos centros de consumo e das zonas de escoamento e exportação, a Amazônia precisa de uma política de ocupação regional racional; o ZEE (Zoneamento Ecológico-Econômico), que define o uso do solo em cada área, pode definir a real vocação do solo do Norte; o futuro econômico e social do país passa pelo aproveitamento pleno e equilibrado de recursos naturais, e não pela satisfação de interesses pessoais.

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Márcio Masatoshi Kondo é professor da Cia. de Ética, do Objetivo, do Icec-Universitário, do Móbile e do CLQ-Objetivo

Fovest - 27.set.2001

RESUMÃO
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