Há mais de 20 anos, 'Folhinha' alertava sobre desmatamento da mata atlântica
O Dia Nacional da Mata Atlântica foi celebrado nesta segunda-feira, dia 27.
Da vegetação original, que se estendia do Rio Grande do Sul até o Piauí, restou menos de 10%.
A "Folhinha" fez uma reportagem especial, "A Natureza Corre Perigo", sobre o desmatamento nos vários tipos de vegetação brasileira : mata atlântica, floresta amazônica, Pantanal, cerrado e pampas.
Leia um trecho da edição de 23 de junho de 1990.
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Se você já foi à praia, conhece a mata atlântica. Um pedaço dela está na beira da estrada, na descida da serra para a praia. Essa floresta corre mais perigo que a Amazônia.
A mata atlântica está perto de São Paulo e de cidades grandes. A destruição da floresta acontece por motivos semelhantes aos da destruição da Amazônia.
Quando o Brasil foi descoberto, a mata atlântica existia do Nordeste até o sul do país. Hoje, resta só um pouquinho (5%). E desse restinho, a maior parte está nos Estados de São Paulo e Paraná.
A mata atlântica deveria estar protegida por leis que já existem. Até a Constituição, que é a lei mais importante do país, diz que " a mata atlântica é patrimônio" de todos os brasileiros.
Mas a lei não está sendo respeitada. Para João Paulo Capobianco, do grupo SOS Mata Atlântica, que luta pela preservação da natureza, o jeito de salvar a floresta é pedir ao governo que conserve o que resta de uma das mais importantes matas do Brasil.
Juca Varella/Folhapress | ||
O rio Una, que pertence à reserva da Jureia, na cidade de Peruíbe, é cercado por mata atlântica |
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