Crianças do Acre e do Pará criam novo jeito de aprender o alfabeto
"A" de amor. "B" de bola. "C" de casa. É assim que muitas crianças aprendem as letras do alfabeto e dão os primeiros passos para começarem a ler e escrever. O que fazer, porém, se onde elas vivem não há casas, mas ocas? Ou se a bola não é o brinquedo favorito?
"É hora de criar um material que converse com o dia a dia delas", diz Marie Ange, jornalista e escritora que criou o projeto Tecendo Saberes, em que crianças da comunidade Mondongo, no Pará, e índios kaxinawás, no Acre, inventaram um novo jeito de aprender o alfabeto.
Editoria de Arte/Folhapress |
No Acre, a letra "a" é de ashu e atsa, tipos de árvores. No Pará, "b" é de bote e "c" é de carapanã, um mosquito (veja mais exemplos ao lado).
Além de escreverem o alfabeto, as crianças também recolheram lendas, brincadeiras, comidas e outras curiosidades que serão reunidas em um almanaque sobre os dois lugares.
"O alfabeto é um capítulo de um livro feito por crianças para outras crianças. A previsão é que fique pronto em novembro", conta Marie.
Os exemplares serão distribuídos nas regiões onde o projeto foi desenvolvido. "Teremos um lançamento em São Paulo também. Mas a ideia é que só possa ser comprado por aqui no próximo ano, com o apoio de uma editora."
Enquanto isso não acontece, que tal usar os objetos do seu dia a dia para criar o seu próprio alfabeto?
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