Codiretor e atriz de "Closed Curtain" são proibidos de deixar o Irã
O codiretor Kamboziya Partovi e a atriz Maryam Moghadam, do filme iraniano "Closed Curtain", tiveram seus passaportes confiscados por autoridades do país e não poderão sair do Irã para promover o filme.
O anúncio da punição ocorre dez dias depois do Festival de Cinema de Berlim, em que o codiretor e atriz viajaram para representar o diretor Jafar Panahi, também proibido de deixar o Irã.
O filme de Panahi, conhecido por suas críticas ao regime, ganhou o Urso de Prata pelo melhor roteiro no festival.
O longa, que tem a participação do próprio diretor, retrata o cotidiano de um homem, um cão e uma mulher frente às leis islâmicas.
Autoridades do Irã já haviam protestado contra o prêmio recebido pelo filme. Segundo a agência de notícias Isna, o vice-ministro da Cultura Javad Shamaqdari, declarou haver protestado junto aos organizadores do festival.
"Todo mundo sabe que fazer um filme e enviá-lo ao exterior exige uma autorização", afirmou o vice-ministro.
Panahi filmou o longa ilegalmente, já que foi proibido de fazer filmes por 20 anos. O diretor de cinema iraniano ainda cumpre prisão domiciliar.
Ele dirigiu o longa "Isto Não é um Filme", de 2010, em que fez uma denúncia política retratando seu cotidiano dentro de casa.
Divulgação | ||
Cena do documentário "Isto Não é um Filme", dos diretores iranianos Mojtaba Mirtahmasb e Jafar Panahi (foto) |
Livraria da Folha
- Box de DVD reúne dupla de clássicos de Andrei Tarkóvski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade
- 'Fluxos em Cadeia' analisa funcionamento e cotidiano do sistema penitenciário
- Livro analisa comunicações políticas entre Portugal, Brasil e Angola
- Livro traz mais de cem receitas de saladas que promovem saciedade