Análise: Falar em inclusão pessoas com síndrome de Down pode ser ultrapassado
Ao colocar jovens com síndrome de Down como protagonistas, o filme "Colegas" dá um passo importante na discussão não só sobre a inclusão social, mas também sobre temas considerados ainda tabus no campo das deficiências --a sexualidade, por exemplo.
"Sou igual a todo mundo", diz o ator Ariel Goldenberg, que tem Down
Na ficção (e na vida real), Stallone e Aninha são um casal como outro qualquer: que se apaixona, que faz sexo e que tem sonhos em comum.
Eles são um retrato de uma nova geração de pessoas com síndrome de Down que têm vida normal. Estudam, trabalham, viajam, namoram, casam. Há inúmeros exemplos de profissionais bem-sucedidos inseridos no mercado.
E isso tem muito a ver com o avanço na forma de lidar com os downs desde o nascimento, e a adoção de uma série de medidas que vão amenizar os efeitos das alterações metabólicas provocadas pelo fato de terem três cromossomos 21, em vez de dois.
Por exemplo, 50% dos bebês que nascem com síndrome têm cardiopatias congênitas, que devem ser tratadas desde o nascimento. Também têm mais chances de desenvolver hipertensão e excesso de colesterol "ruim" no sangue.
Por isso, precisam seguir programas específicos, com alimentação balanceada e exercícios físicos. Nesse sentido, é fundamental que a família em acredite no potencial do filho deficiente de desenvolver habilidades.
Essa turminha demonstra que não precisa provar mais nada para ninguém. Tanto que, em alguns casos, falar em inclusão já é algo ultrapassado. Há, porém, muito preconceito a ser combatido. E somos nós, as ditas pessoas "normais", que precisamos mudar isso.
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