Corpo do cantor Emílio Santiago será enterrado nesta quinta-feira
O corpo do cantor Emílio Santiago será enterrado às 11h desta quinta-feira (21), no Cemitério Memorial do Carmo, no bairro do Caju, zona norte do Rio. O músico será enterrado ao lado do local onde sua mãe foi sepultada.
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Ele morreu nesta quarta, aos 66 anos. Santiago estava internado desde o dia 7 de março, após sofrer um AVC --acidente vascular cerebral-- isquêmico e teve teve complicações respiratórias e no coração, segundo informações do hospital Samaritano, em Botafogo.
O velório do cantor foi realizado na Câmara Municipal do Rio, em uma cerimônia aberta aos fãs, na última quarta-feira (20).
"Emílio Santiago foi um dos maiores cantores do Brasil. Era de um bom gosto impressionante. Era um grande intérprete", disse a cantora Nana Caymmi, que esteve no local.
A atriz Marília Pêra também compareceu ao velório e lembrou que a presença do cantor era constante em seus espetáculos. "Ele sempre me prestigiava. Tinha uma técnica vocal muito apurada. Um timbre de voz especialíssimo, uma coisa divina.
Já a cantora Alcione afirmou que com a morte do colega, se sente meio viúva. "Ele era tudo, como se fosse da minha família. Grande amigo e grande irmão. O Brasil perde mais uma voz masculina. Agora só temos o Cauby [Peixoto]", disse.
Nascido no Rio de Janeiro, em 1946, Emílio Santiago cursou direito na década de 1970, estimulado por seus pais.
Em sua casa, costumava escutar canções de Nelson Gonçalves, Cauby Peixoto e Anísio Silva. A bossa nova, em especial João Gilberto, também eram algumas das preferências do bacharel.
Estimulado por amigos, que conheciam seu gosto pela música, começou a participar de festivais. Apresentou-se também na televisão, no programa "A Grande Chance", apresentado por Flávio Cavalcanti, chegando às finais.
Em 1973, gravou para a Polydor seu primeiro compato, "Transas de Amor". O primeiro disco veio em 1975, lançado pela CID. Produzido por Durval Ferreira, o álbum "Emílio Santiago" continha canções de compositores como Ivan Lins, Jorge Ben Jor e Nelson Cavaquinho.
No ano seguinte, transferiu-se para a gravadora Philips/Polygram, em que permaneceu até 1984.
Em 1988, convidado por Roberto Menescal e Heleno Oliveira, fez o primeiro disco da série "Aquarela Brasileira", projeto da Som Livre dedicado à releituras de clássicos brasileiros, com o qual atingiu o sucesso.
Em 2000, assinou com a Sony Music. Seu trabalho de estúdio mais recente é "Só Danço Samba", de 2010, que homenageia Ed Lincoln e marcou a comemoração de seus 40 anos de carreira.
Entre os maiores sucessos gravados em sua voz estão "Saygon", "Lembra de Mim" e "Verdade Chinesa".
DISCOGRAFIA
1975 - "Emílio Santiago"
1976 - "Brasileiríssimas"
1977 - "Comigo é Assim"
1977 - "Feito pra Ouvir"
1978 - "Emílio"
1979 - "O Canto Crescente de Emílio Santiago"
1980 - "Guerreiro Coração"
1981 - "Amor de Lua"
1982 - "Ensaios de Amor"
1983 - "Mais que um Momento"
1984 - "Tá na Hora"
1988 - "Aquarela Brasileira
1989 - "Aquarela Brasileira 2"
1990 - "Aquarela Brasileira 3"
1991 - "Aquarela Brasileira 4"
1992 - "Aquarela Brasileira 5"
1993 - "Aquarela Brasileira 6"
1995 - "Aquarela Brasileira 7"
1995 - "Perdido de Amor"
1996 - "Dias de Luna"
1997 - "Emílio Santiago"
1998 - "Emílio Santiago"
1998 - "Preciso Dizer que Te Amo"
2000 - "Bossa Nova"
2001 - "Um Sorriso nos Lábios"
2003 - "Emílio Santiago Encontra João Donato"
2005 - "O Melhor das Aquarelas - Ao Vivo"
2007 - "De um Jeito Diferente"
2010 - "Só Danço Samba"
Livraria da Folha
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