Crítica: Filme com Redford é trama que não empolga e só se destaca pelo elenco
Quando Robert Redford faz o papel de diretor, seus filmes mais prometem que cumprem. Apesar de mensagens plenas de boas intenções, eles costumam naufragar ao combinar engajamento e entretenimento.
Robert Redford volta à ativa com filmes politicamente engajados
"Sem Proteção" confirma a regra. Redford encarna um tipo de herói que ele fez muito no apogeu de sua beleza, em filmes como "Três Dias do Condor" (1975), de Sydney Pollack, e "Todos os Homens do Presidente" (1976), de Alan J. Pakula: o papel de gente como a gente que entra numa enrascada.
Aqui ele é Nick Sloan, antigo militante de esquerda acusado de matar um segurança num assalto a banco.
Divulgação | ||
Robert Redford (esq.) e Richard Jenkins em cena do filme "Sem Proteção" |
Agora integrado à normalidade, vê a paz acabar quando aparece um repórter futriqueiro. Logo tem um time bem mais ou menos do FBI nos seus calcanhares.
A trama nunca empolga, assim como o ritmo de Redford correndo aos 76 anos. Só as aparições especiais de velhos amigos dão alento aos fãs de outrora.
Além da intacta nobreza do antigo galã, Susan Sarandon, Nick Nolte e Julie Christie ostentam nas faces marcadas um tempo de glórias que não desapareceu junto com a beleza.
SEM PROTEÇÃO
DIREÇÃO Robert Redford
PRODUÇÃO EUA, 2012
ONDE Eldorado Cinemark, Jardim Sul UCI e circuito
CLASSIFICAÇÃO 12 anos
AVALIAÇÃO regular
Livraria da Folha
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