Crítica: Comédia brasileira é solene exemplo do cinema mercantil
"Até que a Sorte nos Separe" (TC Premium, 22h) é mais um solene exemplo do cinema mercantil brasileiro: esse que não busca o sucesso por identificação com seu público, mas por diferenciação; em que tudo é cálculo e desprezo ao público.
Um pobretão ganha na loteria. Novo-rico, ostentatório, boçal, em poucos anos acaba na pindaíba. É quando entra em cena o vizinho caxias para ensiná-lo a lidar com dinheiro.
Ou, em reduzidas contas, trata-se de ensinar à chamada "nova classe C" como não desperdiçar seu dinheiro, como consumir responsavelmente, como reprimir-se e poupar o dinheiro ganho em vez de consumir conforme seu desejo.
Fosse no Estado Novo, ninguém estranharia se tal abacaxi fosse obra do DIP (Departamento de Imprensa e Propaganda).
Divulgação | ||
Leandro Hassum e Danielle Winits em cena do filme "Até que a Sorte nos Separe" |
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