Lançamentos de gravações em formatos não convencionais estão em alta
Os formatos não convencionais são uma tendência também entre artistas independentes. O baterista e compositor Mauricio Takara, do Hurtmold, por exemplo, lançou virtualmente seis músicas no projeto "EP Fantasma" no final de 2012.
O músico diz ter pensado apenas em mostrar as músicas na rede, apesar de ter ouvido perguntas como "isso é um EP ou um esboço de CD?".
Músicos brasileiros aderem às gravações em EP, formato novo no mercado nacional
"Não estava a fim de pensar em formato. Não tinha esse compromisso de fazer um disco, eram apenas músicas que eu já tinha gravado e quis disponibilizá-las", comenta, comparando o lançamento ao modelo antigo e informal de gravar músicas em fitas cassete e mostrar aos amigos.
Sem contrato com gravadoras, vários músicos produzem em quantidade e lançam trabalhos sem atrelá-los a planejamentos do mercado.
Um dos representantes dessa alta produtividade é o saxofonista e compositor Thiago França.
O músico, integrante de projetos como Metá Metá, MarginalS e Sambanzo, lançou discos que se assemelham aos "bootlegs".
Antes, o formato dizia respeito a sobras, registros "não oficiais", que ganhavam ares de raridade. Hoje, são gravações de qualidade, lançadas intencional e gratuitamente.
Entre os registros de França estão "Funfun Sessions" (com Kiko Dinucci), "Dada Radio Sessions" (com Dinucci e Sérgio Machado), e sessões ao vivo do MarginalS com convidados como M. Takara, Thomas Rohrer, Guizado e DJ Marco.
"Por não ter aquela pressão mercadológica, as coisas podem existir em outro 'timing', sem uma obrigação de formatos", diz França. (LN)
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