'R.I.P.D.' é mais uma superprodução a naufragar nas bilheterias
"R.I.P.D.", mistura de comédia e ficção científica produzida pelo estúdio Universal, e "Turbo", animação da Dreamworks, levaram uma surra nas bilheterias em seu fim de semana de estreia, repetindo o fiasco das últimas semanas de outros filmes com orçamento superior a US$ 100 milhões (R$ 223 milhões).
"R.I.P.D.", com Jeff Bridges e Ryan Reynolds no elenco, custou US$ 130 milhões (R$ 290 milhões), sem contar dezenas de milhões adicionais gastos na divulgação. Em seus três dias de estreia, o filme faturou 12,8 milhões (R$ 28,5 milhões), ficando apenas em sétimo lugar no ranking do fim de semana, segundo o site "Hollywood.com".
"Turbo", que custou US$ 135 milhões (R$ 301 milhões) e teve distribuição da Fox, faturou 21,5 milhões (R$ 48 milhões) no fim de semana de estreia, ocupando uma modesta terceira colocação. A liderança ficou com o terror "Invocação do Mal" e com "Meu Malvado Favorito 2", que continuou tendo um bom resultado na sua terceira semana em cartaz.
Scott Garfield/Efe | ||
Cena do filme "R.I.P.D.", com Jeff Bridges (esq.) e Ryan Reynolds |
"Sempre haverá filmes que tinham sinal verde há dois anos e que não vão se dar bem", disse Nikki Rocco, presidente da unidade de distribuição da Universal, referindo-se a "R.I.P.D.". "Haverá vezes em que os filmes simplesmente não funcionam. Isso não é novidade."
No entanto, analistas dizem que os recentes fracassos podem levar os estúdios a reverem a expectativa contábil das suas grandes produções --um golpe para um setor que valoriza a ostentação, os jatinhos particulares e as férias na Europa.
O analista Anthony Wible, da consultoria Janney Montgomery Scott, disse que a Disney provavelmente irá reduzir a previsão de faturamento do western "O Cavaleiro Solitário", com Johnny Depp, e que a Sony irá rever as expectativas para "Depois da Terra", aventura de ficção científica com Will Smith.
Doug Creutz, analista da Cowen and Company, anteviu também uma revisão na avaliação financeira de "Turbo". Na semana passada, Creutz havia estimado que o filme contribuirá para que os dividendos da companhia caiam de US$ 0,72 por ação em 2012 para US$ 0,25 por ação neste ano.
"É um pouco cedo", disse Chris Aronson, diretor de distribuição doméstica da Fox, referindo-se a "Turbo". O filme, segundo ele, foi bem recebido em exibições-testes para plateias com até 25 anos de idade, "o que é um bom prenúncio para a operabilidade, já que esse é o nosso público alvo".
Aronson disse que a Fox espera um bom resultado para o filme no exterior, que geralmente é um bom mercado para filmes da Dreamworks.
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