Brasileiros buscam identidade em longas no Festival de Cinema Judaico
Limitar o cinema judaico à definição do próprio rótulo é como tentar espremer toda a arte cinematográfica em uma caixinha de fósforos.
As chances de você ter ido a uma sala de exibição qualquer e visto um "filme judeu" são bem generosas, já que a indústria norte-americana é basicamente composta por grandes famílias judias.
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Mas há uma linha que pode ser separada nos dois documentários brasileiros que estão no 17º Festival de Cinema Judaico: ambos tentam encontrar uma raiz de certo modo vaga, etérea, fincada por seus parentes quando fugiram da ascensão de Hitler na Europa dos anos 1930.
Editoria de Arte/Folhapress | ||
"Estamos Aqui", de Cintia Chamecki e Andrea Lerner, tenta compreender, por meio de depoimentos, como foi a imigração judaica do leste europeu, a escolha de algumas famílias pelo Brasil e como a cultura foi integrada por aqui, principalmente em Curitiba.
Já "O Relógio do Meu Avô" mostra a busca do diretor Alex Levy Heller pelo relógio do avô húngaro, deixado na região da Transilvânia, onde hoje é a Romênia, antes do parente ser levado para o campo de concentração de Auschwitz.
De forma requintada, Heller começa a caçada de maneira intimista, entrevistando familiares e conhecidos, e termina no encontro do cineasta com a própria identidade ao recriar os passos do avô pela Europa.
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