Teatro Oficina questiona órgão estadual por aprovar torres do Grupo Silvio Santos
O diretor do Oficina, Zé Celso, questionou em seu blog o Condephaat, órgão paulista de proteção ao patrimônio, por ter aprovado a construção de edifícios ao redor do teatro pela empreiteira Sisan, do Grupo Silvio Santos
Em reunião relatada pelo "Diário Oficial" do Estado no último dia 4 de junho, o Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado "deliberou aprovar o parecer favorável ao projeto de edificação" no terreno vizinho ao Oficina.
Com a decisão, segundo o encenador, a presidência do Condephaat "inverte sua função", agindo contra a proteção ao patrimônio.
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Simulação das edificações autorizadas pelo Condephaat no entorno do Teatro Oficina (destacado em vermelho) |
Procurada pela reportagem, a assessoria do Condephaat informou que a presidência não responderia ao Oficina. Em nota do próprio Conselho, afirmou que "cabe ressaltar que o Conselho do Condephaat é um órgão colegiado" e "as decisões foram resultado de votação em plenário".
Sobre a aprovação, diz a nota: "O Condephaat deliberou que o projeto substitutivo apresentado pela Sisan pode ser, do ponto de vista das restrições estabelecidas pelo patrimônio cultural, edificado. A distância entre as torres e o Oficina não interfere nos valores que justificam o tombamento [do teatro, em 1982]. Todos os elementos existentes, inclusive o pau-brasil [árvore na lateral do teatro], não são afetados pelo projeto aprovado. O Conselho deliberou que a empreendedora deve transferir uma faixa de 1m80 de largura em todo o comprimento do lote para uso do teatro".
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