Habitué do Rock in Rio, Frejat opta por 'trivial bem feito'
Praticamente sócio do Rock in Rio --só não esteve em uma das cinco edições brasileiras--, Roberto Frejat mostrou no início da noite desta sexta (20) porque segue sendo escalado: seu show, tão confiável quanto previsível, é um sucesso de público tão certeiro quanto o hambúrguer das barracas de fast food.
"A gente veio aqui pra curtir, isso aqui é um festival, uma festa", disse o sempre simpático vocalista logo na abertura, dando o tom da apresentação.
O começo foi até variado, com uma trinca de canções alheias: a tropicalista "Divino Maravilhoso" (de Gil e Caetano), "A Minha Menina" (Jorge Ben Jor) e "Não Quero Dinheiro", de Tim Maia, a quem chamou de "meu cantor favorito".
Daí em diante, só houve espaço para os velhos rocks do Barão Vermelho ("Bete Balanço", "Pro Dia Nascer Feliz" etc.) e para as baladas românticas de sua carreira solo, como "Por Você" e "Segredos".
O coro da plateia nessas canções é a prova indiscutível de seu sucesso, mas há que se notar que o público mostra empolgação semelhante cada vez que a grua com a câmera de TV passa sobre a multidão.
Guitarrista experiente, vocalista ciente de sua capacidade e de seus limites, Frejat tem conhecimento musical de sobra para fugir do feijão com arroz. Sua escolha pelo trivial bem feito diz muito sobre a mentalidade do Rock in Rio.
Livraria da Folha
- Box de DVD reúne dupla de clássicos de Andrei Tarkóvski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade
- 'Fluxos em Cadeia' analisa funcionamento e cotidiano do sistema penitenciário
- Livro analisa comunicações políticas entre Portugal, Brasil e Angola
- Livro traz mais de cem receitas de saladas que promovem saciedade