Crítica: 'O Bebê de Rosemary' gerou novo paradigma de terror
Outro dia, Ruy Castro escreveu numa crônica que para a sua geração, que lamentavelmente também é a minha, o paradigma de terror não eram mais os velhos monstros, tipo Drácula, mas os indecifráveis pássaros de "Os Pássaros".
Talvez haja um outro paradigma: "O Bebê de Rosemary" (TC Cult, 22h; 14 anos). Há vários aspectos interessantes ali: desde o aterrador edifício nova-iorquino às paredes esverdeadas do apartamento, e a cara de John Cassavetes, o marido --sem contar o berço terrível que veremos no fim.
Mas, acima de tudo isso, o mais terrível é a dominação completa, irrecorrível, de um ser sobre outro. No caso, de um John Cassavetes de rosto inflexível, tétrico, sobre o rosto angelical, frágil, de Mia Farrow.
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