Crítica: Filme de Manoel de Oliveira viaja pela política e pela literatura
Fiel à premissa de que "perguntar não ofende", um jornalista indagou ao cineasta Manoel de Oliveira, então com 101 anos, por quanto tempo mais pretendia continuar filmando. Sim, perguntas podem ofender.
Em todo caso, esperemos que filme por muitos anos. Hoje, aos 105 anos, está com dois projetos prejudicados pela crise europeia.
Em "Singularidades de uma Rapariga Loura" (Cultura, 0h30; 14 anos), filma o conto de Eça de Queiroz sobre o rapaz que se apaixona pela sedutora moça que vê na janela. Mas será essa bela imagem mais do que isso –uma imagem?
Ao viajar do século 19 ao 21, pela política e pela literatura lusitanos, Oliveira questiona a imagem com vitalidade e lucidez de dar inveja a jovens cineastas (e jornalistas).
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