Morre em São Paulo o crítico teatral Sebastião Milaré, aos 68 anos
O crítico e pesquisador teatral Sebastião Milaré morreu na manhã desta quinta-feira (10) em São Paulo, às 9h10, aos 68 anos, devido a complicações decorrentes de um câncer no intestino.
Ele estava internado desde segunda-feira (7) no Hospital Cruz Azul, no bairro paulistano do Cambuci.
O velório acontecerá no cemitério Jardim da Colina, em São Bernardo do Campo, a partir das 18h, e o enterro será no mesmo local na sexta (11), às 11h.
Marcelo Soubhia/Valor/Folhapress | ||
O crítico teatral e pesquisador Sebastiao Milaré no centro cultural Vergueiro, em São Paulo, em 2001 |
Nascido em Guapiaçu, no interior de São Paulo, em 1945, Milaré era estudioso da obra do diretor Antunes Filho, sobre quem escreveu diversos textos.
O mais destacado deles, "Antunes Filho e a Dimensão Utópica", é um ensaio publicado em 1994, sobre a vida do diretor antes de fundar o Centro de Pesquisa Teatral (CPT).
Entre as décadas de 1970 e 1980, Milaré atuou como crítico de teatro no periódico "Artes". Ele exerceu essa função também no "Diário do Grande ABC", entre 1972 e 1973.
Atuou ainda como diretor de shows e roteirista, trabalhando com artistas como Maricenne Costa. Como dramaturgo, escreveu, entre outras, as peças "A Trupe Futurista Conta o Bumba-Meu-Boi Modernista" (direção de Gilberto Gawronski) e "A Solidão Proclamada" (direção de Sandro Borelli).
De 1994 a 2010, ele foi curador do teatro do Centro Cultural São Paulo.
Escreveu para publicações internacionais sobre teatro, de países como Canadá, Espanha e Alemanha, além de ter criado em 2000 o site "Anta Profana", revista eletrônica sobre artes cênicas da qual era editor.
Livraria da Folha
- Box de DVD reúne dupla de clássicos de Andrei Tarkóvski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade
- 'Fluxos em Cadeia' analisa funcionamento e cotidiano do sistema penitenciário
- Livro analisa comunicações políticas entre Portugal, Brasil e Angola
- Livro traz mais de cem receitas de saladas que promovem saciedade