Crítica: Diretor evita tortura explícita em produção sobre a ditadura
O partido de "Crônica de uma Fuga" ("Crónica de una Fuga", TV Brasil, 0h; 18 anos) é claramente realista, como parece frequente no cinema de Adrián Caetano. Justamente por isso, esse filme argentino tem muito a ensinar aos cineastas brasileiros que abordam temas como tortura e ditadura.
Estamos, aqui, na ditadura argentina. Um goleiro é preso e levado a uma casa sinistra e famosa (hoje ao menos) como terrível centro de tortura. Lá, tentará a fuga.
Eis onde entra a sensibilidade do autor: todo o tempo percebemos o que se passa e sentimos o horror que se vivencia. No entanto, pouco se vê diretamente da tortura e do horror.
Não se trata de edulcorar as coisas, mas de evitar que o mau gosto invada o filme, que a suposta verdade das cenas explícitas de tortura não contamine a obra. Que afinal é de arte.
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