Burocracia dificulta captação para filmes de independentes
Com base em dados da Ancine (Agência Nacional do Cinema), a Folha apurou que 34% dos recursos públicos destinados a filmes nacionais ficam nas mãos de dez produtoras –2% do total de empresas do setor no país.
A concentração, para Cavi Borges, dono da produtora independente Cavídeo, deve-se em grande parte à burocracia para conseguir obter financiamento.
Editoria de Arte/Folhapress | ||
Na avaliação de Borges, produtoras de pequeno porte como a sua não têm estrutura especializada para cuidar dos pedidos e, assim são prejudicadas na competição.
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"A gente acaba não tendo fôlego", conta. Como formas alternativas, a Cavídeo usa crowdfunding (financiamento coletivo) e faz parcerias com canais de televisão.
A falta de recursos, para Borges, também dificulta que as produções cheguem ao circuito comercial competitivo.
Em contraste, a Conspiração Filmes –segunda produtora que mais captou recursos de 1995 a 2012 e líder em renda no período– possui um departamento só para gerir a captação de seus recursos.
Eliana Soárez, diretora-executiva de cinema da empresa, diz que produtoras grandes também precisam captar, já que, segundo ela, a maior parte dos lucros dos seus filmes vão para o exibidor e o distribuidor. (ANGELO DIAS, LUIZA FRANCO, RENATA MELLEU E WALTER PORTO)
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