'Desejamos a Peter Hook tudo de bom', diz líder do New Order
"Desejamos a Peter Hook tudo de bom no futuro. Por favor, siga em frente." Assim Bernard Sumner, 58, vocalista e líder da banda inglesa New Order encerra sua resposta a uma série de críticas feitas pelo ex-baixista Peter Hook, 58, em entrevista à Folha.
Até a publicação da reportagem na "Ilustrada", em 30 de outubro, a banda, procurada por meio da assessoria de imprensa da gravadora Warner Music, não havia se manifestado.
Na última semana, Sumner, porém, respondeu por e-mail à reportagem comentando as críticas feitas pelo ex-colega de grupo. Hook deixou a banda em 2007, debaixo de brigas que duram até hoje com o vocalista.
Avener Prado - 6.abr.2014/Folhapress/Stefano Masselli/Divulgação | ||
Bernard Sumner (à esq.), do New Order, no Lollapalooza, em SP, em abril, e o baixista Peter Hook |
Hook, na entrevista, chama o atual New Order de "preguiçoso", porque, segundo ele, o grupo só se interessa em tocar hits nos shows.
Sumner rebate: "Sentimos que os fãs obviamente querem ouvir músicas como 'Blue Monday', 'Love Will Tear Us Apart' e 'Temptation' e gostamos de tocá-las. No entanto, intercalamos com canções menos conhecidas como '1963', 'Californian Grass', 'Run Wild', 'Round and Round', 'Close Range', 'I'll Stay With You', além de duas novas 'Singularity' e 'Plastic'".
Sobre o New Order "não poder existir" sem Peter Hook, como argumenta o ex-baixista, Sumner comenta que "a banda já existe há diversos anos com sucesso" sem a sua presença.
As discussões entre os dois devem engrossar também em breve por meio de livros. Em setembro, Sumner publicou "Chapter and Verse", contando a história do New Order, que, conforme Hook, está "cheia de mentiras", "para justificar aos fãs" porque continuaram o grupo sem ele.
Para revidar, Hook prepara atualmente um livro com a sua versão da trajetória da banda.
"Todas as autobiografias publicadas no Reino Unido passam pelo mesmo processo legal rigoroso, o que exige que um advogado leia e produza um relatório detalhado questionando cada fato e declaração feita pelo autor, o que depois tem de ser apoiado por testemunhas. Por isso, não é realmente possível que qualquer mentira seja publicada", defende-se Sumner.
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