Crítica: Truffaut dá encantamento à trama em 'A Mulher do Lado'
É possível que o luminoso final de carreira de François Truffaut esteja ligado ao encontro com Fanny Ardant, sua última mulher e última atriz. Em "A Mulher do Lado" ("La Femme D'à Côté", TV5 Monde, 0h30) ela é a mulher casada que vai morar ao lado da cada de seu ex-amante, vivido por Gérard Depardieu, também casado.
O filme conduzirá ao reencontro dos amantes (não, não é o fim da história), mas o mais interessante não é tanto isso quanto o encantamento que Truffaut (1932-1984) confere aos personagens e à situação.
É interessante, porque estamos diante de um argumento típico de Claude Chabrol (província, hipocrisias, amores clandestinos etc.), mas em Chabrol isso desemboca em crime, em mistério, em ar pesado, até em tragédia. Com Truffaut não é a ironia que comanda, mas um irrefreável desejo de viver.
Divulgação | ||
Cena do filme 'A Mulher do Lado', de François Truffaut |
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