Crítica: 'O Circo' não precisa de uma só palavra para emocionar
Um grave erro que pode cometer quem deseje saber o que é cinema consiste em desprezar o cinema mudo. E, primeiro, porque o cinema continua mudo. Faça a experiência: diante da TV, suprima o som, acompanhe as imagens (pode se informar sobre a história). Em pouco tempo, saberá distinguir um bom de um mau filme.
Sem a sustentação do "assunto", sem diálogos ou música envolventes, certos filmes se desfazem aos nossos olhos: revelam seu nada. Isso para dizer que "O Circo" ("The Circus", livre, TV Brasil, 22h), que Chaplin fez e interpretou em 1928 não precisa de uma só palavra para ser emocionante.
Chaplin era um gênio. Mas, não por acaso, um gênio do cinema. Seu tipo, sua mímica, o humor involuntário de seu personagem, nada disso dá um bom quadro ou um bom romance. Dá um ótimo filme. Mudo.
Divulgação | ||
Cena de "O Circo" (1928), de Charles Chaplin |
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