Em 'Jackie Brown', Tarantino faz belo trabalho de direção
Se "Jackie Brown" (1997, 18 anos, AXN, 22h) me parece o mais interessante dos filmes de Quentin Tarantino, isso se dá, em boa parte, porque por uma vez o cineasta americano enfrentou de cara o mundo real.
Não raro, o modo de narrar, com algum truque engenhoso, ganha a frente ("Pulp Fiction"). Ou a referência cinematográfica é o que se impõe ("Django Livre", "Kill Bill" etc.).
Isso pode render prestígio. No entanto, mais difícil é encarar a história de uma modesta aeromoça que trabalha para um traficante e, de repente, se vê com a polícia às suas costas.
Sem dúvida, o livro de Elmore Leonard, adaptado pelo cineasta, tem a ver com isso. Mas o brio com que a ação é levada, a simplicidade difícil, a tensão que ele mantém são méritos de um belo trabalho de direção. E trazer Pam Grier de volta ao estrelato não é um mérito menor.
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