Crítica: 'A Família Lero-Lero' restitui a década de 50 com desenvoltura
Quando "A Família Lero-Lero" (Cultura, 15h30, 10 anos) foi feito, em 1953, funcionários públicos que chegavam a ser protagonistas de filmes eram quase fatalmente seres explorados pelos colegas vagais (só eles trabalhavam na repartição e ainda eram perseguidos pelo chefe) e pela família.
A família era liderada por uma mulher que se pode chamar de megera ou de frustrada, à vontade. Aquiles Taveira (Walter D'Ávila) achava a sua uma megera, claro. Os filhos não eram muito melhores: uns sanguessugas. Claro que Aquiles tentará ir à forra.
Talvez importe mais o fato de esses filmes despretensiosos da Vera Cruz durarem tão mais e melhor do que as produções ambiciosas da produtora paulista. Com mais desenvoltura (e humor, claro) do que "Ângela", "Veneno" etc., "Lero-Lero" restitui uma época, comportamentos, vestimentas, modos de amizade.
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Os atores Walter D'Ávila, Luiz Linhares e Marina Freire, em cena do filme 'A Família Lero-Lero' |
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