Museu Afro Brasil perde 10% de suas verbas
Em meio ao ajuste orçamentário que afeta o Estado de São Paulo, o Museu Afro Brasil terá de cortar R$ 1,6 milhão de sua receita–cerca de 10% do total– e demitir 25 de seus cerca de cem funcionários.
Os cortes, feitos pela Associação Museu Afro Brasil, organização social que administra a instituição, seguem recomendação da Secretaria Estadual de Cultura.
Essas demissões se somam às 13 que já ocorreram no MIS (Museu da Imagem e do Som) e às cinco do Paço das Artes.
A secretaria recomendou a todas OS (organizações sociais) que gerenciam os museus paulistas que otimizem seus recursos. Boa parte da verba das OS vem de repasses anuais feitos pela pasta.
Parte do orçamento da secretaria está contingenciado, isto é, não pode ser aplicado, para cumprir o ajuste fiscal.
Segundo Emanoel Araujo, diretor do Afro Brasil, os cortes atingem as áreas de educação e salvaguarda do museu.
"Teremos de nos organizar novamente, estender algumas funções aos funcionários que ficaram", diz Araujo. "Menos escolas serão atendidas."
Os cortes afetarão a programação. Duas ou três mostras programadas para este ano não acontecerão mais. "Estamos impossibilitados de fazer exposições mais ousadas, que dependem de mais verba", diz.
"A crise está armada", diz o diretor. "O momento é difícil para o país todo, não só em termos de recursos públicos minguados como em patrocínios via incentivos fiscais."
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