Mototaxis cobram até R$ 30 para levar público ao Rock in Rio
O motoqueiro passou rente ao meio fio, em frente à casa de shows HSBC Arena, na avenida Embaixador Abelardo Bueno, que dá acesso à Cidade do Rock.
"E aí, Angélica, vamos de táxi?", disse ao grupo de quatro metaleiros, dois deles com cabelos compridos, louros e ondulados.
Oficialmente, só os ônibus do sistema público BRT levam o público à porta do Rock in Rio.
Mototaxistas, contudo, têm driblado a intervenção a transportes particulares. Cobram até R$ 30 para cruzar 4 km (do complexo de hotéis no começo da avenida) e deixar o passageiro a 50 metros da entrada do evento.
A média de preço, a partir do HSBC Arena (metade do caminho), é R$ 10. A Folha fez a travessia a pé e recebeu sete propostas de mototáxi.
Esse meio de transporte é clandestino já em "dias normais". Com o veto a trechos da pista, a falta é dupla.
"A gente sabe que tá no erro, mas o governo não dá conta do recado, acha que todo mundo é sardinha pra se apertar no 'busão'", diz um motorista que, por motivos óbvios, achou de bom tom não se identificar.
São esperadas 85 mil pessoas para cada dia do Rock in Rio. Após as longas filas registradas na saída de sexta (18), primeiro dia de festival, o consórcio BRT afirmou que dobraria as catracas a partir de sábado (19).
OUTRO LADO
A Prefeitura diz que montou um esquema especial de fiscalização "para garantir a fluidez no trânsito e no serviço de transporte público que atende à Cidade do Rock".
"Foram identificados pontos irregulares de mototáxi no entorno do Terminal Alvorada, e as equipes de fiscalização já atuaram no local", afirma nota da Secretaria de Transportes.
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