Transgressão de Dolce & Gabbana, Diesel e Dsquared² é tema de coleção
A máxima publicitária de que "sexo vende" ainda guia boa parte das grifes que pretendem conquistar o armário dos jovens. Porém, há três etiquetas que se destacam nesse bojo hipersexualizado.
Cada uma com seu estilo, as italianas Dolce & Gabbana, Diesel e Dsquared² são marcas que alcançaram o panteão da moda vendendo uma imagem lasciva e de inegável apuro estético.
No sexto volume da coleção Moda de A a Z, que a Folha publica neste domingo (27), a transgressão do trio está exemplificada em imagens que revelam a explosão do sexo nas araras nos anos 1990.
Foi Madonna, maior estandarte do despudoramento das décadas de 1980 e 1990, quem alavancou a imagem de duas delas. As duplas Domenico Dolce e Stefano Gabbana e os gêmeos canadenses Dean e Dan Caten (Dsquared²) vestiram a rainha do pop.
O tubinho colante com detalhes de renda e a roupa preta toda rendada –a renda é o tecido usado na lingerie erótica– são criações famosas de Domenico e Stefano.
Divulgação | ||
A cantora Madonna usa figurino Dolce & Gabbana, durante show em 1996 |
Ainda que a dupla coloque em primeiro lugar o prêt-à-porter feminino, mais chique e trabalhado com brocados e sobreposições de tecidos nobres, foi a moda casual da D&G, segunda grife da empresa, que transformou os estilistas em magnatas da costura. O jeans e a camiseta da marca jovem foram por muito tempo o carro-chefe das vendas.
Essas peças também fizeram a fama da Dsquared². A sobreposição, principalmente a de camisetas por cima de camisas, definiram a estética da marca difundida pelos jovens no final do século.
O sexo, em ambas as etiquetas, é um complemento do universo criado por elas. Foi a Diesel, do empresário Renzo Rosso, a etiqueta que mais escancarou as portas da sexualidade e fez fortuna.
São polêmicas as campanhas nas quais mulheres apareciam subjugadas por homens. Ambos apareciam de tronco desnudo e vestindo apenas a peça que melhor define a moda da marca: o jeans, responsável por 35% do faturamento da grife.
Nos EUA, a Diesel é vista como uma das marcas responsáveis por glamourizar e dar status fashionista à calça inicialmente criada para ser usada por operários. A estratégia de abrir a primeira loja americana em frente ao ponto da maior concorrente, a Levi's, foi sucesso instantâneo.
Hoje, o par de jeans Diesel é produzido com 50 tipos de lavagens, muitas delas com aspecto gasto e moderninho.
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