CRÍTICA
Vin Diesel como caçador de bruxas é tão previsível que trailer bastaria
Em "O Último Caçador de Bruxas", do ator especialista em ação Vin Diesel, temos uma coisa curiosa: o trailer traz um resumo fiel da história. Fiel até demais.
É que tudo que acontece no filme de Breck Eisner é previsível demais, desde o ressurgimento das forças do mal até a maneira de enfrentá-las.
Sabemos que a previsibilidade não é necessariamente ruim. Mas, nesse caso, é um problema, agravado pela incapacidade do diretor de filmar bem as cenas de ação.
Se visse com atenção o novo "Mad Max", que não é nenhuma maravilha, mas ao menos tem um diretor que sabe filmar, talvez Eisner tivesse aprendido alguma coisa.
Mas estamos falando do diretor do pífio "Sahara" (2005), que em 2010 cometeu a heresia de refilmar uma obra de George A. Romero –e assim, do ótimo "O Exército do Extermínio" (1973) surgiu o medíocre "A Epidemia".
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Vin Diesel no filme "O Último Caçador de Bruxas" |
Com esse currículo, até que se vê sem tanto constrangimento "O Último Caçador...".
A história é bem simples. Vin Diesel é Kaulder, um caçador de bruxas da Idade Média com visual hipster. Ao matar uma poderosa rainha feiticeira, recebe dela um terrível feitiço: a imortalidade.
Ele já perdeu a todos que amava, então essa será sua sina: passar séculos como um solitário caçador de bruxas a serviço de uma irmandade.
Ele terá apenas um ajudante, sempre chamado Dolan, como parceiro. O primeiro que vemos (Dolan 36), já no século 21, é Michael Caine, e o segundo (Dolan 37), Elijah Wood ("O Senhor dos Anéis").
Como é previsível, logo antecipamos o principal: ele encontrará uma companheira (Rose Leslie, de "Game of Thrones") e será traído, entre outras coisas muito vistas no cinema de ação.
Saudades dos filmes de Sinbad.
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