Nos 15 anos do sucesso teen 'O Diário da Princesa', Mia chega à maturidade
Editoria de Arte/Folhapress | ||
Especial Meg Cabot |
Mia Thermopolis, 25, princesa da pequena Genovia, está debutando, apesar de já estar meio velha para isso. É que a série de romances adolescentes "O Diário da Princesa", da qual é protagonista, acaba de completar 15 anos.
Mia, assim como Genovia, é criação da escritora americana Meg Cabot, 48, que lança agora o 11º volume da saga, "O Casamento da Princesa", em que, como sugere o título, a protagonista finalmente deve desposar Michael Moscovitz, seu namorado de pelo menos seis livros.
"Mas será que o casamento de conto de fadas dela será perfeito ou se transformará no maior desastre do ano?", provoca Cabot, em entrevista à Folha, por e-mail.
A princesa, sem dúvida, é o maior sucesso da autora. Transformado em filme em 2001, o primeiro livro da série foi o responsável por lançar a atriz Anne Hathaway, então com 19 anos.
Nele, Mia, aos 14 anos, é uma menina nova-iorquina desajustada que se descobre herdeira de um pequeno país na Europa e tem de lidar, além dos dramas tradicionais da idade, com paparazzi, aulas de etiqueta e a família real.
Como parte das comemorações do debute da série, a Record lançou, em outubro, uma edição comemorativa do primeiro livro (R$ 75, 296 págs.). Para os fãs, outra surpresa: Cabot sugere que poderá haver um terceiro filme da princesa (o segundo saiu em 2004).
Mas nem só do "Diário da Princesa" vive a autora. Seu extenso currículo –ela é forte candidata a rainha do "chick-lit", como é chamado esse tipo de literatura açucarada voltada para adolescentes e mulheres– tem 25 milhões de cópias vendidas no mundo, de suas mais de 70 obras, escritas sob três pseudônimos.
PSEUDÔNIMO
Foi com o nome Patricia Cabot que, no fim dos anos 1990, a americana iniciou sua carreira, escrevendo romances históricos picantes, como "A Rosa do Inverno".
"Quando comecei a escrever, eu amava esse tipo de literatura", conta. "E não podia assinar o meu nome verdadeiro, porque minha avó, muito religiosa, não aprovava esses romances 'sexy'."
Começou a usar seu nome real quando decidiu dar à luz Mia, em 2000. No mesmo ano, publicou, por outra editora, o primeiro volume da série "A Mediadora", sobre Suzanna, uma garota que se comunica com espíritos. Por questões de contrato, decidiu assinar ali o nome Jenny Carroll, hoje abandonado.
"Esses livros [adolescentes] se provaram mais populares com os leitores que os romances históricos, então eu troquei", afirma.
Depois disso não parou: foram seis tomos de "A Mediadora" –o sétimo, "Remembrance" (recordação), sai nos EUA em 2016– e 11 de Mia.
Escreveu sobre uma jovem que salva o presidente ("Garota Americana") e outra que é a reencarnação de uma personagem da lenda do rei Arthur ("Avalon High"), além de histórias para adultos, como "Garota Encontra Garoto" e "Tamanho 42 Não É Gorda".
Agora, ela se concentra nasvida adulta de suas personagens: além "O Casamento...", "Remembrance" também trará Suze mais velha. Não é coincidência, já que boa parte dos fãs de Cabot está hoje entrando na faixa dos 20.
"Muitos dos adolescentes com quem me relaciono desde o começo dos anos 2000 agora viraram adultos incríveis", diz. "E essa é uma das razões para eu ter começado a escrever o 'Casamento...'. É sobre uma princesa, claro, mas que passou pelas mesmas dificuldades que os leitores para entrar na vida adulta, e agora está tentando se encontrar no mundo."
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