CRÍTICA
Sem julgamentos ou maniqueísmo, 'Demolidor' discute violência 'do bem'
Se a primeira temporada de "Demolidor" foi uma paciente construção de herói e vilão, a segunda vai direto à pancadaria, com o encontro violento entre o Demolidor e o Justiceiro, anti-herói da Marvel que segue a linha do "bandido bom é bandido morto".
A luta entre os dois não é apenas física. É um embate de ideologias: o Demolidor age ilegalmente caçando criminosos, mas dentro de um certo limite —ao contrário do Justiceiro, retratado inicialmente como um genocida de mafiosos. Surge o tema dos 13 episódios: será que a violência "do bem" é justificável?
A série questiona sem julgamentos fáceis ou maniqueísmos. Em determinado momento, por exemplo, o Demolidor mede a consequência dos seus atos e reavalia o papel de herói. Um tema proposto na trilogia "O Cavaleiro das Trevas" e levado adiante pelos roteiristas desta série.
Jon Bernthal demora a engrenar como Justiceiro. Mas é equilibrado com uma maior participação dos personagens secundários e o recurso de intercalar pancadarias com longos diálogos. É mais que podemos dizer dos dois "Os Vingadores" juntos.
Livraria da Folha
- Box de DVD reúne dupla de clássicos de Andrei Tarkóvski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade
- 'Fluxos em Cadeia' analisa funcionamento e cotidiano do sistema penitenciário
- Livro analisa comunicações políticas entre Portugal, Brasil e Angola
- Livro traz mais de cem receitas de saladas que promovem saciedade