Coleção Folha traz amargor cínico de Dostoiévski em tradução inédita
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O escritor russo Fiódor Dostoiévski (1821-1881). |
"Memórias do Subsolo", sétimo volume da Coleção Folha Grandes Nomes da Literatura, é um livro curto do escritor russo Fiódor Dostoiévski, mais conhecido por escritas de fôlego como "Crime e Castigo" (1866).
Mas suas cerca de 120 páginas podem abalar o leitor com uma narrativa angustiada. As recordações de um funcionário público aposentado –e amargurado– dão a "Memórias do Subsolo" a distinção de ser o primeiro romance existencialista da história.
Um trecho que pode apresentar o tom cínico do texto:
"Oh, se eu não fizesse nada só de preguiça! Senhores, como então eu me respeitaria. Eu me respeitaria justamente porque pelo menos a preguiça eu estaria em condições de ter; existiria em mim pelo menos uma característica afirmativa, da qual eu estaria seguro. Pergunta: quem é ele? Resposta: um preguiçoso; seria agradabilíssimo ouvir isso a meu respeito. Quer dizer, uma determinação afirmativa, quer dizer, há o que se dizer a meu respeito. 'Preguiçoso!'"
"Memórias do Subsolo", de 1864, figura entre obras-primas do autor, como "Recordações da Casa dos Mortos" (1862) e "Os Irmãos Karamázov", publicada em novembro de 1880, poucos meses antes de sua morte.
Dentro da biblioteca de 28 volumes desta coleção, "Memórias do Subsolo" é uma das que receberam tradução inédita, diretamente do russo por Irineu Franco Perpetuo.
Cada livro custa nas bancas R$ 19,90. Há possibilidade de comprar toda a série de uma vez ou em quatro lotes de sete livros (leia acima).
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