Crítica/Filme na TV
Humor e drama se intercalam em sinfonia mórbida de Juliana Rojas
O que será um filme "mal feito"? É um comentário frequente a respeito de filmes brasileiros. E curioso: trata-se de um juízo que parte da hipótese de insuficiência. O espectador que diz isso não pensa se o caimento da calça de um personagem, por exemplo, foi escolhido assim. Ele discorda desse corte, da cor, do tamanho, e isso lhe parece "mal feito".
"Sinfonia da Necrópole" (2016, 12 anos, Canal Brasil, 22h) cabe bem nesse caso, pois trata-se de um musical, gênero que o espectador culto não reconhece como nosso, desde os tempos da chanchada.
Pior aqui, em que o espetáculo não é exatamente popular. A sinfonia de Juliana Rojas é um musical na tradição, no qual se canta no lugar de dialogar. Quem reconhecer o humor e o drama que existem ali saberá apreciar a modernidade das melodias, a inteligência das letras, o talento dos atores (Eduardo Gomes e Luciana Paes no elenco) e o apuro da realização de Juliana Rojas. A ele voltaremos, no mais.
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