crítica
Novo 'Caça-Fantasmas' pode não ser brilhante, mas é respeitoso
Para quem foi adolescente nos anos 1980, "Os Caça-Fantasmas" situa-se em um território cinematográfico sagrado –um espaço afetivo habitado também por filmes como "De Volta para o Futuro" e "Curtindo a Vida Adoidado".
Portanto, a ideia de transformar essa marca querida em uma franquia poderia soar como blasfêmia. A boa notícia é que o tratamento dado pelo "reboot" ao universo do filme original pode não ser brilhante, mas é respeitoso.
O novo "Caça-Fantasmas" não é um caça-níquel vulgar. O filme está menos interessado em atrair jovens espectadores a qualquer custo e mais em se reconectar com os fãs do original e, ao mesmo tempo, oferecer um olhar renovado sobre o passado.
Divulgação | ||
Cena do novo 'Caça-Fantasmas', dirigido por Paul Feig |
Nesse sentido, a escolha dos protagonistas é reveladora (e acertada): são mulheres solteiras, sem filhos, que não giram em torno dos homens, e interpretadas por atrizes com mais de 40 anos (com exceção de Kate McKinnon).
Essa opção dá ao filme um subtexto de empoderamento e de sororidade.
Isto posto, é preciso dizer que a trama tem função protocolar, assim como as participações especiais dos atores do primeiro filme.
Além disso, a narrativa cai drasticamente de nível na segunda metade, e o balanço entre comédia e terror nunca fica à altura do original. Não é um reinício memorável, mas pecado também não é.
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