crítica/filme na tv
'O Planeta dos Macacos' reflete sobre nossa própria existência
Primeiro, uma nave espacial viaja à velocidade da luz, o que produz um efeito vertiginoso: enquanto os astronautas, Charlton Heston à frente, estão lá, na boa, aqui na Terra se passaram centenas de anos. Estamos em "O Planeta dos Macacos" (1968, 12 anos, Futura, 22h).
Num planeta bem parecido com a Terra (e por que não seria a própria Terra?), encontram uma situação estranha: ali os macacos é que dominam os homens –e estes é que não sabem falar.
Símios são criaturas inquietantes, por sua estranha semelhança com os humanos. Mais inquietante ainda é saber que a evolução poderia se inverter: que nós homens seríamos um momento da evolução, e não seu ponto máximo...
O que primeiro sugere o filme do diretor americano Franklin Schaffner, inspirado no livro do francês Pierre Boulle, é uma reflexão sobre quem somos: origens e evolução. Mas a questão também pode ser sobre o que nós, homens, fazemos a nós mesmos: como nos destruímos, como podemos involuir.
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